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Áurea Moneo

Pós-graduada em A Psicanálise do Século XXI, pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap); pós-graduada em Psicanálise, pela Faculdade Álvares de Azevedo (Faatesp); Formação em Psicanálise, pelo Instituto Superior de Psicanálise de Brasília. Outras formações acadêmicas: pós-graduada em Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM); pós-graduada em Administração, pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo; graduada em Arquitetura, pelo Mackenzie. Responsável pela gestão organizacional e pedagógica do Centro de Formação em Psicanálise Clínica – Illumen, com sede em São Paulo, desde 2010. Leciona Psicanálise, com notória especialidade, responsável pela preparação psicanalítica de novos alunos e professores do Illumen. Atua na clínica psicanalítica desde 2001.
17/7/2024

Ética e moral: distinções e impactos na convivência política

Ética: palavra quase desconhecida quando o assunto é o poder público no Brasil

Frente às reiteradas ocorrências nada honrosas observadas em nosso quadro político, não consegui me furtar a falar sobre ética e a falta de transparência vinda de nossos dirigentes.

Acerca de seu significado, podemos recorrer à definição proposta pelo jornalista, filósofo e professor na Área de Ética da Escola de Comunicações e Artes da USP Clóvis de Barros Filho: ética é uma inteligência compartilhada, à serviço do aperfeiçoamento da convivência humana, sendo universal sobre certos aspectos, mas que sofre modificações ao longo do tempo.

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5/7/2024

Debate sobre mães narcisistas e os efeitos nos relacionamentos tóxicos

Sobre a aclamada mãe narcisista

De volta ao tema do narcisismo, sob o enfoque dos relacionamentos tóxicos, cuja curiosidade se ampliou a partir de debates midiáticos sobre mães narcisistas, gostaria de tecer paralelos e propor uma provocação.

É sempre bom ressaltar que nenhum de nós está livre do narcisismo: ele nos constitui, na medida em que dependemos, em algum grau, das provisões de segurança e reconhecimento vindas do outro, algo intrínseco ao humano.

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7/6/2024

Abuso infantil: 70% dos casos ocorrem dentro de casa

Campanha de conscientização sobre o abuso infantil

O tema do abuso de menores é algo muito sensível em nossa sociedade. A nova campanha nacional contra o abuso infantil no Brasil revela uma média de 4 casos por hora e a volta nada triunfal do tri-70: 70% meninas menores de 13 anos, 70% dentro de casa, 70% praticado por familiares, acima de 40%, pelo padrasto.

Buscar coibir, através da denúncia, parece fundamental para tentar erradicar uma prática abjeta, para a qual muitos fecham os olhos, numa provável tentativa de idealização da família perfeita, pois lidar com algo do tipo, além de ferir os padrões morais, requer, na maioria das vezes, medidas para as quais os demais adultos implicados não se sentem prontos: e aí, negar as evidências pode ser mais suportável, para a infelicidade destas crianças.

Áurea Moneo
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Campanha de conscientização sobre abuso infantil alerta para a importância da denúncia e do preparo adequado para lidar com acusações.
14/5/2024

Angústia e ansiedade: duas faces da mesma moeda?

Angústia e ansiedade: duas faces da mesma moeda?

Parece que estes dois estados emocionais estão cada vez mais impregnados em nosso psiquismo, ganhando proporções que beiram ao descontrole.

O que podemos dizer, isoladamente, sobre estes afetos que, de vez em vez, têm a capacidade de sequestrar nossa paz interior?

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26/4/2024

Inocência violada pela insânia de adultos desequilibrados

Inocência violada pela insânia de adultos desequilibrados

Já faz algum tempo que eu venho ensaiando escrever sobre este tema pesado e recorrente. O gatilho foi um artigo veiculado na BBC Brasil, no último sábado, sobre um jornalista argentino que iniciou o noticiário em Rosário trazendo sua história pessoal da infância, marcada pelo abuso sexual patrocinado por seu pai sobre sua irmã caçula, e o de seu tio sobre ele e o irmão.

A trama não para aí: segundo ele, sua mãe também foi vítima deste companheiro violento e abusivo, de todas as formas possíveis, ao mesmo tempo que cúmplice – ela sabia do que acontecia quando eram pequenos – ele mesmo, aos 12 anos, escancarara a situação, mas ela não tomou nenhuma atitude na época.

Por que é importante
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Histórias de abuso sexual dentro da família ganham visibilidade, revelando um ciclo doloroso de violência e silêncio.
11/4/2024

Feira paulistana é palco de novos hábitos e memórias da velha infância

Feira paulistana é palco de novos hábitos e memórias da velha infância

Quarta-feira, dia de feira, com seus aromas especiais, misturados aos sons de carrinhos e abre-fecha de sacolas quase inaudíveis, sufocados por falas engraçadas de feirantes estridentes e clientes reclamando dos preços: “o tomate está pela hora da morte!”.

E a tentação do pastel, então! – mas li o artigo de meu amigo e lembrei que preciso ser forte, não cair em tentação; mais ainda, colocaria a perder o propósito da ida à feira, verdadeiro pretexto para ampliar a caminhada, numa luta insana contra a balança que não dá trégua e a favor da saúde, que também tem se manifestado a respeito nos últimos tempos.

Áurea Moneo
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Autora narra sua busca por um estilo de vida saudável. Ela caminha pela feira, um pretexto para exercício, e se depara com um comboio alegre que a transporta às memórias da infância: o sonho de vender roupas de boneca.
28/3/2024

Estupro é uma mácula a ser extirpada de nossa sociedade

Estupro é uma mácula a ser extirpada de nossa sociedade

Quando vasculhamos um pouco os anais de nossa história, surgem evidências de uma época bem diferente, em que mulheres eram tidas e respeitadas como deusas, sendo reverenciadas pelos homens.

A principal razão residia no fato de que elas eram tidas como únicas responsáveis pela reprodução da espécie, num tempo em que ainda não havia a noção da participação do sêmen neste fenômeno, como bem nos relata Regina Navarro Lins, na introdução de seu livro A cama na varanda.

Áurea Moneo
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Autora explora a violência do estupro, ao destacar sua origem no desequilíbrio de poder, e na história de submissão feminina.
14/3/2024

Um recorte sobre a trajetória da mulher, de Freud até os dias atuais

Um recorte sobre a trajetória da mulher, de Freud até os dias atuais

Pensando sobre o conhecido aforismo freudiano: “Afinal, o que quer uma mulher?”, nada melhor do que tentar descrever seu papel social, à época de Freud e hoje, para então arriscar decifrar o enigma, se é que podemos falar de forma genérica sobre o tema, sem tomar a mulher uma a uma.  

Freud viveu num período da história, entre os séculos XIX e XX, influenciado pelo iluminismo, onde os ideais de liberdade, igualdade, fraternidade, ainda que postos, seguiam carregados de fortes influências de um patriarcado trabalhoso de ser diluído e que, de certa forma, ainda persiste nos dias de hoje.

Áurea Moneo
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Autora explora a trajetória feminina desde Freud até hoje. Ela destaca lutas por igualdade e desafios na conciliação de carreira, amor e maternidade. Também reflete sobre a singularidade na busca por respostas à complexa questão feminina.
29/2/2024

A difícil tarefa de fazer escolhas, e de bancá-las

A difícil tarefa de fazer escolhas, e de bancá-las

Ser humano e bem resolvido consigo mesmo não é para amadores. Afinal, vivemos num eterno conflito entre desejo e realidade, tendo que fazer escolhas o tempo todo, sem nenhuma garantia de que é a melhor dentre tantas outras. Aliás, muitas vezes adiamos este momento de decisão, até o limite, iludidos de que podemos simplesmente não fazer nada a respeito, como se a não escolha também não fosse uma escolha!

Pois é, e não basta escolher por escolher, pois isso também não nos satisfaz e, com o agravante de vir a gerar sofrimentos, os quais, boa parte das vezes, sequer associamos a alguma escolha tomada de maneira irrefletida ou inconsequente.

Áurea Moneo
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Texto mergulha no eterno conflito entre desejo e realidade, destacando como as constantes escolhas moldam nossa jornada. Aborda a dificuldade em decidir, o fenômeno da geração nem-nem, e o desafio de encontrar satisfação numa realidade de comparações constantes e expectativas inalcançáveis.
16/2/2024

Quartas de cinzas, outras nem tanto

Carnaval termina e marca o início real de 2024 para muitos

É certo que o Carnaval, há muito tempo, satisfaz um desejo humano de explorar o mundo de fantasias que nos define. Para muitos, representa um anseio por liberdade, enquanto para outros, é uma incrível chance de relaxamento, um prelúdio para a retomada ou início de projetos novos ou renovados, que esperam o término dessas celebrações iniciadas em dezembro para serem implementados, especialmente aqui, do lado de cá do equador.

Para todos, sem dúvida, seu final marca um período de luto, o fim da festa, um retorno à realidade. Para alguns, é hora de enfrentar a realidade, para outros, um recomeço, aceitando o limite imposto pelo calendário nacional e preparando-se para agir.

Áurea Moneo
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Neste relato pessoal, a Quarta-feira de Cinzas revela seus múltiplos significados: um momento de transição do Carnaval para a rotina, marcado por reflexões, lutos e recomeços. Uma jornada simbólica e real de renovação.