Corrida para a Prefeitura de Curitiba

Opinião

Mudar de emprego realmente resolve nossos problemas?

Refletir sobre nossos padrões de relacionamento é fundamental para um convívio profissional mais saudável.Refletir sobre nossos padrões de relacionamento é fundamental para um convívio profissional mais saudável.
Bianca Stella
/
Adobe Firefly

<span class="abre-texto">No último texto,</span> iniciei uma sequência de análises sobre as possibilidades existentes diante da insatisfação no trabalho. Hoje, sigo com essas análises e vamos olhar a situação sob a perspectiva da decisão de sair versus permanecer no ambiente atual de trabalho. Sugiro que você leia a última publicação, caso ainda não o tenha feito.

Aprendemos a nos relacionar com outras pessoas cedo, na nossa primeira escola da vida, a família, e seguimos atualizando esse aprendizado em todos os demais relacionamentos que vivemos ao longo da nossa jornada. Esse aprendizado é potente por diversas razões, destaco aqui duas delas: (1) o cérebro da criança tem poucas informações armazenadas e tem potencial para absorver muito mais experiências que o cérebro de uma pessoa adulta; (2) além de a criança depender diretamente do cuidado de outras pessoas para sua sobrevivência e atendimento de necessidades biopsicossociais, ou seja, as experiências por si só possuem uma carga emocional potente.

Esses padrões de relacionamento aprendidos e incorporados, ou seja, a maneira como as decisões são tomadas, os conflitos são manejados, os problemas são resolvidos e as necessidades são expressas, são repetidos nos diversos relacionamentos das pessoas.

Buscamos interagir, de maneira não consciente, com pessoas que nos ajudarão a manter o ambiente e o relacionamento conhecidos e seguros, ou seja, repetindo os padrões aprendidos. Por pior que este padrão pareça ser, ele nos fornece o senso de segurança, pois as pessoas navegam por algo previsível, que ajuda a manter a homeostase física e emocional.

Quando entramos na escola, seguimos aprimorando esses comportamentos, a visão de nós mesmos e a visão de mundo, comparamo-nos aos nossos amigos e colegas, fortalecemos o nosso modo ou fazemos as atualizações necessárias. Na idade adulta, esses padrões já estão bem definidos, treinados, confirmados ou atualizados, e são com estes que chegamos para trabalhar na empresa.

Às vezes, podemos pensar que, ao mudar de trabalho, todos os problemas e dificuldades ficarão para trás e teremos uma vida nova, completamente diferente. Porém, independentemente do ambiente onde estamos, os padrões são nossos; se temos determinada dificuldade em um local, essas questões seguirão nos acompanhando por onde quer que nós vamos.

Tomar consciência das nossas dificuldades relacionais, do nosso padrão de relacionamento, pode ser fundamental na tomada de decisão sobre o que fazer com tudo isso; porém, não podemos esperar um milagre na troca de trabalho. A mudança pode e precisa começar dentro de nós mesmos, encontrando possibilidades alternativas para que os relacionamentos se tornem mais saudáveis.

Atualizar nossa maneira de nos relacionarmos, tomar decisões, manejar conflitos e nos comunicarmos é a virada de chave necessária para trabalharmos em um ambiente bacana, que extraia o nosso melhor, para que possamos estabelecer limites saudáveis no convívio e dedicar tempo à profissão que escolhemos e à qual nos dedicamos com tanto afinco.

Última atualização
3/9/2024 10:10
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22)

Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22)

Redação Cidade Capital
13/9/2024 11:00

O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. 

O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

Redação Cidade Capital
13/9/2024 9:53

Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.

Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.

Opinião

Mudar de emprego realmente resolve nossos problemas?

Refletir sobre nossos padrões de relacionamento é fundamental para um convívio profissional mais saudável.Refletir sobre nossos padrões de relacionamento é fundamental para um convívio profissional mais saudável.
Bianca Stella
/
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Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

<span class="abre-texto">No último texto,</span> iniciei uma sequência de análises sobre as possibilidades existentes diante da insatisfação no trabalho. Hoje, sigo com essas análises e vamos olhar a situação sob a perspectiva da decisão de sair versus permanecer no ambiente atual de trabalho. Sugiro que você leia a última publicação, caso ainda não o tenha feito.

Aprendemos a nos relacionar com outras pessoas cedo, na nossa primeira escola da vida, a família, e seguimos atualizando esse aprendizado em todos os demais relacionamentos que vivemos ao longo da nossa jornada. Esse aprendizado é potente por diversas razões, destaco aqui duas delas: (1) o cérebro da criança tem poucas informações armazenadas e tem potencial para absorver muito mais experiências que o cérebro de uma pessoa adulta; (2) além de a criança depender diretamente do cuidado de outras pessoas para sua sobrevivência e atendimento de necessidades biopsicossociais, ou seja, as experiências por si só possuem uma carga emocional potente.

Esses padrões de relacionamento aprendidos e incorporados, ou seja, a maneira como as decisões são tomadas, os conflitos são manejados, os problemas são resolvidos e as necessidades são expressas, são repetidos nos diversos relacionamentos das pessoas.

Buscamos interagir, de maneira não consciente, com pessoas que nos ajudarão a manter o ambiente e o relacionamento conhecidos e seguros, ou seja, repetindo os padrões aprendidos. Por pior que este padrão pareça ser, ele nos fornece o senso de segurança, pois as pessoas navegam por algo previsível, que ajuda a manter a homeostase física e emocional.

Quando entramos na escola, seguimos aprimorando esses comportamentos, a visão de nós mesmos e a visão de mundo, comparamo-nos aos nossos amigos e colegas, fortalecemos o nosso modo ou fazemos as atualizações necessárias. Na idade adulta, esses padrões já estão bem definidos, treinados, confirmados ou atualizados, e são com estes que chegamos para trabalhar na empresa.

Às vezes, podemos pensar que, ao mudar de trabalho, todos os problemas e dificuldades ficarão para trás e teremos uma vida nova, completamente diferente. Porém, independentemente do ambiente onde estamos, os padrões são nossos; se temos determinada dificuldade em um local, essas questões seguirão nos acompanhando por onde quer que nós vamos.

Tomar consciência das nossas dificuldades relacionais, do nosso padrão de relacionamento, pode ser fundamental na tomada de decisão sobre o que fazer com tudo isso; porém, não podemos esperar um milagre na troca de trabalho. A mudança pode e precisa começar dentro de nós mesmos, encontrando possibilidades alternativas para que os relacionamentos se tornem mais saudáveis.

Atualizar nossa maneira de nos relacionarmos, tomar decisões, manejar conflitos e nos comunicarmos é a virada de chave necessária para trabalharmos em um ambiente bacana, que extraia o nosso melhor, para que possamos estabelecer limites saudáveis no convívio e dedicar tempo à profissão que escolhemos e à qual nos dedicamos com tanto afinco.

Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.
Última atualização
3/9/2024 10:10

Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22)

Redação Cidade Capital
13/9/2024 11:00

O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. 

O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

Redação Cidade Capital
13/9/2024 9:53

Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.

Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.