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Opinião

Expressar necessidades sem expectativas: caminho para relações conscientes

A importância de aceitar o que a vida oferece e expressar nossas necessidades sem impor expectativas.A importância de aceitar o que a vida oferece e expressar nossas necessidades sem impor expectativas.
Bianca Stella
/
Adobe Firefly
Jane Hir

<span class="abre-texto">Platão preconiza uma linha divisória</span> que indica o início da humanização plena: o homem assume sua humanidade quando deixa de olhar para os outros pensando em como eles podem lhe servir e começa a olhar para eles se perguntando como pode lhes servir. 

Esse é o caminho para uma convivência pautada em propósitos de ampliação da consciência. 

Ao mudar o foco de nossa procura, estaremos desenvolvendo estratégias de respeito, humildade e aceitação do outro. 

Temos nos confundido muitas vezes, imputando ao outro a tarefa de nos fazer felizes, quando a felicidade é, em essência, a ação de cumprir o nosso propósito de vida da melhor forma que nos é possível. Assim, quando queremos cuidado e nem sempre o encontramos na forma idealizada, só nos cabe perguntar sobre o que essa experiência nos ensina e, então, aprimorar a nossa própria competência de cuidar. 

O mesmo caminho se aplica se queremos ser ouvidos e a escuta que nos é dispensada não nos é suficiente, ou se queremos ser valorizados, ou ainda protegidos ou amados. Enfim, é preciso aceitar o que a vida nos traz e aprender com isso.

É claro que essa mudança de olhar para o outro e para as relações não exclui a expressão honesta de nossas necessidades. Dizer ao outro como estamos nos sentindo, o que precisamos e quais são as nossas necessidades é fundamental em uma relação honesta. No entanto, é preciso fugir das armadilhas internas, como as expectativas que criamos moldadas a partir de padrões internalizados. Normalmente, temos a arrogância de querer o outro à imagem e semelhança de nossas crenças e carências.

Assim, reiterando os pressupostos da Comunicação Não Violenta, precisamos reconhecer o que sentimos, identificar as necessidades que geraram os sentimentos, pedir com clareza o que precisamos e, humildemente, aceitar o que o outro pode nos disponibilizar, ampliando a nossa consciência maior.

Logicamente, existem outras possibilidades: afastamento ou vitimização. A primeira pode nos impedir de vivenciar uma experiência significativa, apenas diversa da idealizada. A segunda, com certeza, nos conduzirá à abdicação do controle de nossa trajetória.

Aceitar humildemente o que o outro pode nos dar não significa rebaixamento, mas sim ser “humilis”, adjetivo que provém de húmus, terra. Ou seja, o solo fértil que acolhe de cada um o seu amor possível.
Última atualização
27/8/2024 11:53
Jane Hir
Mestra em Educação (UFPR); Professora de língua portuguesa; Especialista em Educação de Jovens e Adultos; Facilitadora de Práticas Restaurativas — Eseje (2017) e SCJR/Coonozco (2018); Especialista em Práticas Restaurativas, com enfoque em Direitos Humanos (PUCPR); Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness (PUCPR).

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.

Opinião

Expressar necessidades sem expectativas: caminho para relações conscientes

A importância de aceitar o que a vida oferece e expressar nossas necessidades sem impor expectativas.A importância de aceitar o que a vida oferece e expressar nossas necessidades sem impor expectativas.
Bianca Stella
/
Adobe Firefly
Jane Hir
Mestra em Educação (UFPR); Professora de língua portuguesa; Especialista em Educação de Jovens e Adultos; Facilitadora de Práticas Restaurativas — Eseje (2017) e SCJR/Coonozco (2018); Especialista em Práticas Restaurativas, com enfoque em Direitos Humanos (PUCPR); Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness (PUCPR).
23/8/2024 10:56
Jane Hir

<span class="abre-texto">Platão preconiza uma linha divisória</span> que indica o início da humanização plena: o homem assume sua humanidade quando deixa de olhar para os outros pensando em como eles podem lhe servir e começa a olhar para eles se perguntando como pode lhes servir. 

Esse é o caminho para uma convivência pautada em propósitos de ampliação da consciência. 

Ao mudar o foco de nossa procura, estaremos desenvolvendo estratégias de respeito, humildade e aceitação do outro. 

Temos nos confundido muitas vezes, imputando ao outro a tarefa de nos fazer felizes, quando a felicidade é, em essência, a ação de cumprir o nosso propósito de vida da melhor forma que nos é possível. Assim, quando queremos cuidado e nem sempre o encontramos na forma idealizada, só nos cabe perguntar sobre o que essa experiência nos ensina e, então, aprimorar a nossa própria competência de cuidar. 

O mesmo caminho se aplica se queremos ser ouvidos e a escuta que nos é dispensada não nos é suficiente, ou se queremos ser valorizados, ou ainda protegidos ou amados. Enfim, é preciso aceitar o que a vida nos traz e aprender com isso.

É claro que essa mudança de olhar para o outro e para as relações não exclui a expressão honesta de nossas necessidades. Dizer ao outro como estamos nos sentindo, o que precisamos e quais são as nossas necessidades é fundamental em uma relação honesta. No entanto, é preciso fugir das armadilhas internas, como as expectativas que criamos moldadas a partir de padrões internalizados. Normalmente, temos a arrogância de querer o outro à imagem e semelhança de nossas crenças e carências.

Assim, reiterando os pressupostos da Comunicação Não Violenta, precisamos reconhecer o que sentimos, identificar as necessidades que geraram os sentimentos, pedir com clareza o que precisamos e, humildemente, aceitar o que o outro pode nos disponibilizar, ampliando a nossa consciência maior.

Logicamente, existem outras possibilidades: afastamento ou vitimização. A primeira pode nos impedir de vivenciar uma experiência significativa, apenas diversa da idealizada. A segunda, com certeza, nos conduzirá à abdicação do controle de nossa trajetória.

Aceitar humildemente o que o outro pode nos dar não significa rebaixamento, mas sim ser “humilis”, adjetivo que provém de húmus, terra. Ou seja, o solo fértil que acolhe de cada um o seu amor possível.
Jane Hir
Mestra em Educação (UFPR); Professora de língua portuguesa; Especialista em Educação de Jovens e Adultos; Facilitadora de Práticas Restaurativas — Eseje (2017) e SCJR/Coonozco (2018); Especialista em Práticas Restaurativas, com enfoque em Direitos Humanos (PUCPR); Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness (PUCPR).
Última atualização
27/8/2024 11:53

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.