Conforme o Programa Saber Museus – Caminhos da Memória, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o processo de criação de uma exposição desenvolve-se em três etapas: antes, durante e depois da exposição. Os procedimentos do antes envolvem a definição do local e data da exposição, sua duração, o público-alvo, os acervos que serão mobilizados e os recursos financeiros. Estabelece-se também o conceito da exposição, sua narrativa e identidade visual. Esta parte do processo é feita sob a orientação de um curador, assistido por uma equipe que executa a expografia. Nesta etapa, também se dá a divulgação da exposição. Durante a exposição, colocam-se em prática a montagem, a manutenção e a mediação ou ação educativa. O encerramento, que marca o depois da exposição, corresponde ao momento de desmontagem e de avaliação do trabalho desenvolvido.
As exposições são parte de um sistema de comunicação, com lógica e sentido próprios. Representam e comunicam histórias, tradições, movimentos artísticos, conhecimentos, modos de fazer e viver. O que torna uma exposição fascinante, na maior parte das vezes, é a vitalidade das linguagens colocadas em relação e não tanto o acervo em si.
Na exposição Dez Oitava, que ocorreu no Espaço de Arte Francis Bacon – Ordem Rosacruz Tutankhamon (Amorc) – Museu Egípcio, em Curitiba, o principal objetivo foi promover o reencontro de amigos que tinham se graduado na Escola de Música e Belas Artes do Paraná havia uma década. A exposição abriu ao público em março de 2020, mas, em consequência do início da pandemia de COVID-19, infelizmente, não teve visitação efetiva. Os oito artistas participantes apresentaram obras, produzidas durante uma década de trabalho, com significados particulares. A curadoria de Lucélia D'Roquett e Marcela Lobo facilitou o diálogo e a coesão do grupo.
As gravuras que apresentei nesta exposição foram monotipias criadas a partir de imagens femininas de revistas e catálogos, com dimensões entre A5 e A4, configuradas em séries, totalizando 28 peças. Aprecio a produção em série que utiliza material disponível e acessível. A combinação entre imagens contemporâneas modificadas tecnicamente e o uso de tintas favorece o surgimento de formas e cores que interferem na imagem produto. Interessa-me essa possibilidade de manipular o processo de impressão trabalhando de maneira livre e espontânea.
A técnica da monotipia permite a criação e reprodução de um desenho ou mancha de cor em uma prova única, daí o nome “mono-tipia”. A peça obtida não é um duplo fiel do desenho ou mancha original, pois na passagem para o papel (impressão), as tintas misturam-se, gerando efeitos imprevisíveis e imagens singulares. No meu caso, usei como matriz a Gelli® Printing Plate (placa de gel). Colocava um desenho, recorte ou trabalho gráfico já existente sobre ela, de modo a transferir a imagem para esse suporte. Depois, entintava a superfície da placa com um rolo de borracha e ia removendo a tinta ou, ao contrário, acrescentado. Enquanto a tinta estava úmida, pelo uso de ferramentas como cotonete, algodão, estopa, estêncil, carimbos e objetos com texturas, foi possível criar uma infinidade de padrões. Colocava, então, o papel sobre a placa e o pressionava delicadamente com os dedos. Retirava o papel para revelar a monotipia.
O processo de transferência da imagem para a placa de gel tem início com a aplicação, sobre a placa, de uma camada fina de tinta acrílica. A imagem já existente é posta, então, sobre a placa e permanece em contato com a tinta acrílica por um tempo. Após essa primeira impressão sobre a placa, é necessário esperar sua completa secagem para aplicar tinta novamente e, desse modo, transferir a imagem para outra superfície, de papel ou tecido. A placa de gel permite, ainda, a sobreposição de camadas de tintas, produzindo efeitos maravilhosos para as artes de monotipia, art journal (uma espécie de diário criativo) e manualidades diversas.
Esta técnica da monotipia em placa de gel foi criada, em 2011, por uma dupla de mulheres norte-americanas, Joan Bess e Lou Ann Gleason. Elas eram apaixonadas por monotipia e artes híbridas e a busca por uma solução eficiente para facilitar a técnica levou-as ao desenvolvimento deste material, que não é perecível: as placas são reutilizáveis e podem ser armazenadas em temperatura ambiente. Elas também são fáceis de limpar e estão sempre prontas para impressão em diversos tamanhos e formatos.
Finalmente, participar da exposição Dez Oitava foi muito gratificante, pois, além de produzir arte, a reunião com o grupo fomentou a produção coletiva em prol da comemoração de seus dez anos de amizade.
Por Ana Paula Picolo.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Conforme o Programa Saber Museus – Caminhos da Memória, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o processo de criação de uma exposição desenvolve-se em três etapas: antes, durante e depois da exposição. Os procedimentos do antes envolvem a definição do local e data da exposição, sua duração, o público-alvo, os acervos que serão mobilizados e os recursos financeiros. Estabelece-se também o conceito da exposição, sua narrativa e identidade visual. Esta parte do processo é feita sob a orientação de um curador, assistido por uma equipe que executa a expografia. Nesta etapa, também se dá a divulgação da exposição. Durante a exposição, colocam-se em prática a montagem, a manutenção e a mediação ou ação educativa. O encerramento, que marca o depois da exposição, corresponde ao momento de desmontagem e de avaliação do trabalho desenvolvido.
As exposições são parte de um sistema de comunicação, com lógica e sentido próprios. Representam e comunicam histórias, tradições, movimentos artísticos, conhecimentos, modos de fazer e viver. O que torna uma exposição fascinante, na maior parte das vezes, é a vitalidade das linguagens colocadas em relação e não tanto o acervo em si.
Na exposição Dez Oitava, que ocorreu no Espaço de Arte Francis Bacon – Ordem Rosacruz Tutankhamon (Amorc) – Museu Egípcio, em Curitiba, o principal objetivo foi promover o reencontro de amigos que tinham se graduado na Escola de Música e Belas Artes do Paraná havia uma década. A exposição abriu ao público em março de 2020, mas, em consequência do início da pandemia de COVID-19, infelizmente, não teve visitação efetiva. Os oito artistas participantes apresentaram obras, produzidas durante uma década de trabalho, com significados particulares. A curadoria de Lucélia D'Roquett e Marcela Lobo facilitou o diálogo e a coesão do grupo.
As gravuras que apresentei nesta exposição foram monotipias criadas a partir de imagens femininas de revistas e catálogos, com dimensões entre A5 e A4, configuradas em séries, totalizando 28 peças. Aprecio a produção em série que utiliza material disponível e acessível. A combinação entre imagens contemporâneas modificadas tecnicamente e o uso de tintas favorece o surgimento de formas e cores que interferem na imagem produto. Interessa-me essa possibilidade de manipular o processo de impressão trabalhando de maneira livre e espontânea.
A técnica da monotipia permite a criação e reprodução de um desenho ou mancha de cor em uma prova única, daí o nome “mono-tipia”. A peça obtida não é um duplo fiel do desenho ou mancha original, pois na passagem para o papel (impressão), as tintas misturam-se, gerando efeitos imprevisíveis e imagens singulares. No meu caso, usei como matriz a Gelli® Printing Plate (placa de gel). Colocava um desenho, recorte ou trabalho gráfico já existente sobre ela, de modo a transferir a imagem para esse suporte. Depois, entintava a superfície da placa com um rolo de borracha e ia removendo a tinta ou, ao contrário, acrescentado. Enquanto a tinta estava úmida, pelo uso de ferramentas como cotonete, algodão, estopa, estêncil, carimbos e objetos com texturas, foi possível criar uma infinidade de padrões. Colocava, então, o papel sobre a placa e o pressionava delicadamente com os dedos. Retirava o papel para revelar a monotipia.
O processo de transferência da imagem para a placa de gel tem início com a aplicação, sobre a placa, de uma camada fina de tinta acrílica. A imagem já existente é posta, então, sobre a placa e permanece em contato com a tinta acrílica por um tempo. Após essa primeira impressão sobre a placa, é necessário esperar sua completa secagem para aplicar tinta novamente e, desse modo, transferir a imagem para outra superfície, de papel ou tecido. A placa de gel permite, ainda, a sobreposição de camadas de tintas, produzindo efeitos maravilhosos para as artes de monotipia, art journal (uma espécie de diário criativo) e manualidades diversas.
Esta técnica da monotipia em placa de gel foi criada, em 2011, por uma dupla de mulheres norte-americanas, Joan Bess e Lou Ann Gleason. Elas eram apaixonadas por monotipia e artes híbridas e a busca por uma solução eficiente para facilitar a técnica levou-as ao desenvolvimento deste material, que não é perecível: as placas são reutilizáveis e podem ser armazenadas em temperatura ambiente. Elas também são fáceis de limpar e estão sempre prontas para impressão em diversos tamanhos e formatos.
Finalmente, participar da exposição Dez Oitava foi muito gratificante, pois, além de produzir arte, a reunião com o grupo fomentou a produção coletiva em prol da comemoração de seus dez anos de amizade.
Por Ana Paula Picolo.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.