A pesquisa visual que apresento neste artigo relaciona as linguagens da pintura e gravura metaforizadas enquanto corpo. Produzi 12 trabalhos de diferentes formatos sobre um tecido chamado lonita, em técnica mista. Essa série, intitulada Manto, uma referência ao santo sudário de Cristo, corresponde a composições feitas a partir de cópias únicas pelo uso de matrizes de chapas de raio X. As imagens são gravadas em ponta seca e representam de forma estilizada e adaptada a imagem que já existe no raio X. Essas matrizes são entintadas utilizando tintas artesanais à base de água e solvente. A impressão é feita dobrando várias vezes o suporte (tecido) para adequá-lo ao tamanho da prensa.
Esse processo resulta em muitos acasos nas impressões, como rebatimentos, sobreposições e desgastes nas imagens gravadas, dobras e monotipias sobre o tecido que geram manchas semelhantes àquelas do teste de Rorschach. Tais efeitos reforçam a presença de um corpo dilacerado e fragmentado, que metaforicamente é o próprio corpo do trabalho. O processo é baseado na gambiarra, termo cunhado pelo crítico e curador paulista Tadeu Chiarelli, para definir obras que usam materiais adaptados e experimentais.
Como na produção do artista da geração 80, Daniel Senise (1955-), que realiza grandes pinturas por meio da impressão de assoalhos, reorganizados pela técnica de recorte e colagem, os trabalhos aqui apresentados não utilizam pincéis ou técnicas tradicionais de pintura para preenchimento de cor ou realização de manchas e veladuras, mas sim a prensa.
As composições resultantes, viscerais e profusas, estruturadas pela colagem, ou seja, pelo acúmulo de diferentes imagens repetidas, são parcialmente simétricas e preenchem todo o suporte, como na produção do artista da Pop Art norte-americana, Robert Rauschenberg (1925-2008). Em sua obra Booster (Reforço, 1967), que consiste numa gravura criada por procedimentos litográficos e serigráficos, Rauschenberg apresenta sua própria imagem derivada de um raio X em tamanho natural, gravada em duas pedras e impressa sobre papel.
A utilização de imagens derivadas de raio X é uma forma diferente de pensar a representação do corpo humano. Há uma série de gravuras do artista e professor Cláudio Mubarac (1959-), que apresenta essa atenção à anatomia e suas possibilidades gráficas na criação das composições. Meus trabalhos da série Manto, portanto, são experimentações, uma produção ainda em construção que fará parte da exposição coletiva de gravuras em grandes formatos, organizada pelo Gracon, neste ano de 2024.
Por Lavalle.
A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país.
Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.
O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.
A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.
A pesquisa visual que apresento neste artigo relaciona as linguagens da pintura e gravura metaforizadas enquanto corpo. Produzi 12 trabalhos de diferentes formatos sobre um tecido chamado lonita, em técnica mista. Essa série, intitulada Manto, uma referência ao santo sudário de Cristo, corresponde a composições feitas a partir de cópias únicas pelo uso de matrizes de chapas de raio X. As imagens são gravadas em ponta seca e representam de forma estilizada e adaptada a imagem que já existe no raio X. Essas matrizes são entintadas utilizando tintas artesanais à base de água e solvente. A impressão é feita dobrando várias vezes o suporte (tecido) para adequá-lo ao tamanho da prensa.
Esse processo resulta em muitos acasos nas impressões, como rebatimentos, sobreposições e desgastes nas imagens gravadas, dobras e monotipias sobre o tecido que geram manchas semelhantes àquelas do teste de Rorschach. Tais efeitos reforçam a presença de um corpo dilacerado e fragmentado, que metaforicamente é o próprio corpo do trabalho. O processo é baseado na gambiarra, termo cunhado pelo crítico e curador paulista Tadeu Chiarelli, para definir obras que usam materiais adaptados e experimentais.
Como na produção do artista da geração 80, Daniel Senise (1955-), que realiza grandes pinturas por meio da impressão de assoalhos, reorganizados pela técnica de recorte e colagem, os trabalhos aqui apresentados não utilizam pincéis ou técnicas tradicionais de pintura para preenchimento de cor ou realização de manchas e veladuras, mas sim a prensa.
As composições resultantes, viscerais e profusas, estruturadas pela colagem, ou seja, pelo acúmulo de diferentes imagens repetidas, são parcialmente simétricas e preenchem todo o suporte, como na produção do artista da Pop Art norte-americana, Robert Rauschenberg (1925-2008). Em sua obra Booster (Reforço, 1967), que consiste numa gravura criada por procedimentos litográficos e serigráficos, Rauschenberg apresenta sua própria imagem derivada de um raio X em tamanho natural, gravada em duas pedras e impressa sobre papel.
A utilização de imagens derivadas de raio X é uma forma diferente de pensar a representação do corpo humano. Há uma série de gravuras do artista e professor Cláudio Mubarac (1959-), que apresenta essa atenção à anatomia e suas possibilidades gráficas na criação das composições. Meus trabalhos da série Manto, portanto, são experimentações, uma produção ainda em construção que fará parte da exposição coletiva de gravuras em grandes formatos, organizada pelo Gracon, neste ano de 2024.
Por Lavalle.
A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país.
Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.
O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.
A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.