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Opinião

Pateta no trânsito: reflexões sobre raiva e autocontrole

Controlar a raiva e praticar a direção defensiva são essenciais para uma vida harmoniosa.Controlar a raiva e praticar a direção defensiva são essenciais para uma vida harmoniosa.
Arte Cidade Capital
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Adobe Firefly

<span class="abre-texto">Na minha infância, lembro-me de assistir ao filme do Pateta</span> no trânsito, uma animação da Disney na qual ele se transforma em uma pessoa raivosa ao dirigir. Aquela mudança de humor ao entrar em um carro me impressionava profundamente.

Agora, como adulta, vejo-me controlando meu Pateta interno e, em alguns momentos, percebo sua força crescer enquanto dirijo. Tendo consciência de quando ele domina, reconheço quão inadequado ele é.

Observo no noticiário e no cotidiano do trânsito pessoas agredindo outras e infringindo regras e leis por estarem focadas exclusivamente em seus próprios interesses — vários Patetas dirigindo suas vidas.

Na autoescola, aprendemos a dirigir focados em nós mesmos e em tudo ao nosso redor, antecipando nossos movimentos e os dos outros, o que chamamos de direção defensiva. Essa prática não se aplica apenas ao trânsito, mas à vida como um todo.

Do meu ponto de vista, conectar-se consigo mesmo e com o contexto pode fazer toda a diferença. Essa conexão me permite reconhecer os fatores que podem me desviar do momento presente e realmente viver o que está acontecendo.

Penso em comportamentos como fazer uma conversão sem sinalizar, não respeitar o limite de velocidade porque estou atrasada ou com pressa, ou simplesmente porque desejo chegar rapidamente ao destino.

Dirigir o carro e gerir a própria vida requerem trabalho e paciência.

Faz parte desse processo estar atento a mim mesmo e às minhas vulnerabilidades, o que aumenta minha disposição e capacidade de observar o comportamento alheio e o contexto para antecipar o que pode ocorrer em nossas interações, conduzindo-nos a uma relação mais sintonizada possível, respeitando o tempo e os movimentos das pessoas ao redor.

Dirigir um veículo e conduzir a vida implicam respeitar meus limites e os dos outros, seguir as regras da boa convivência, praticar gentileza e ter paciência com meu tempo e o dos demais.

Ajustar meu diálogo interno pode me permitir, em vez de apenas querer chegar ao destino final da vida atropelando quem está no caminho, desfrutar das belas paisagens, interações e situações que me conduzirão até lá.

Afinal, é sobre os caminhos que nos levam aos nossos destinos e o quanto estamos dispostos a viver cada parte dessa jornada, compartilhando a estrada com pessoas queridas e respeitando os estranhos que encontramos pelo caminho.

Última atualização
20/4/2024 9:08
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.

Opinião

Pateta no trânsito: reflexões sobre raiva e autocontrole

Controlar a raiva e praticar a direção defensiva são essenciais para uma vida harmoniosa.Controlar a raiva e praticar a direção defensiva são essenciais para uma vida harmoniosa.
Arte Cidade Capital
/
Adobe Firefly
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Controlar o 'Pateta interno' pode transformar sua condução

<span class="abre-texto">Na minha infância, lembro-me de assistir ao filme do Pateta</span> no trânsito, uma animação da Disney na qual ele se transforma em uma pessoa raivosa ao dirigir. Aquela mudança de humor ao entrar em um carro me impressionava profundamente.

Agora, como adulta, vejo-me controlando meu Pateta interno e, em alguns momentos, percebo sua força crescer enquanto dirijo. Tendo consciência de quando ele domina, reconheço quão inadequado ele é.

Observo no noticiário e no cotidiano do trânsito pessoas agredindo outras e infringindo regras e leis por estarem focadas exclusivamente em seus próprios interesses — vários Patetas dirigindo suas vidas.

Na autoescola, aprendemos a dirigir focados em nós mesmos e em tudo ao nosso redor, antecipando nossos movimentos e os dos outros, o que chamamos de direção defensiva. Essa prática não se aplica apenas ao trânsito, mas à vida como um todo.

Do meu ponto de vista, conectar-se consigo mesmo e com o contexto pode fazer toda a diferença. Essa conexão me permite reconhecer os fatores que podem me desviar do momento presente e realmente viver o que está acontecendo.

Penso em comportamentos como fazer uma conversão sem sinalizar, não respeitar o limite de velocidade porque estou atrasada ou com pressa, ou simplesmente porque desejo chegar rapidamente ao destino.

Dirigir o carro e gerir a própria vida requerem trabalho e paciência.

Faz parte desse processo estar atento a mim mesmo e às minhas vulnerabilidades, o que aumenta minha disposição e capacidade de observar o comportamento alheio e o contexto para antecipar o que pode ocorrer em nossas interações, conduzindo-nos a uma relação mais sintonizada possível, respeitando o tempo e os movimentos das pessoas ao redor.

Dirigir um veículo e conduzir a vida implicam respeitar meus limites e os dos outros, seguir as regras da boa convivência, praticar gentileza e ter paciência com meu tempo e o dos demais.

Ajustar meu diálogo interno pode me permitir, em vez de apenas querer chegar ao destino final da vida atropelando quem está no caminho, desfrutar das belas paisagens, interações e situações que me conduzirão até lá.

Afinal, é sobre os caminhos que nos levam aos nossos destinos e o quanto estamos dispostos a viver cada parte dessa jornada, compartilhando a estrada com pessoas queridas e respeitando os estranhos que encontramos pelo caminho.

Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.
Última atualização
20/4/2024 9:08

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.