<span class="abre-texto">Esses dias, assisti a dois filmes em sequência</span>, que me levaram para algumas reflexões. Compartilharei elas com vocês. O primeiro foi Einstein e a bomba, que retrata a vida de Einstein à época do Holocausto e na Segunda Guerra Mundial. Ele se denominava um pacifista militante e tinha considerável preocupação com conflitos e ações violentas.
Tenho particular interesse em comentar sobre uma fala dele que ocupou meu pensamento e, por essa razão, não será a transcrição literal. Em um determinado momento, ele relata que uma força organizada e militarizada só poderia ser combatida por outra força organizada (ao comentar sobre as ações de Hitler e o que poderia pará-lo). Ao escutar esse trecho, a primeira reflexão que tive foi: e se essa força organizada fosse uma ação pautada no amor? Já volto a falar mais sobre isso.
Quando terminou o filme do Einstein, comecei a assistir A noite que mudou o pop. Estava curiosa pois vários amigos estavam comentando sobre ele. E para minha grata surpresa, do meu ponto de vista, este filme me trouxe respostas sobre a minha inquietação a cerca das forças organizadas.
Esse filme retrata os dias que antecederam e a noite em que a música We are the world foi gravada, desde o momento em que o empresário Ken Kragen é contratado para produzir o projeto, até a gravação propriamente dita por mais de 40 cantores do pop internacional. A atividade envolveu Quincy Jones na coprodução, Michael Jackson e Lionel Richie na escrita da música.
Os artistas se reuniram para angariar doações contra a fome no continente africano, onde haviam mais de um milhão de pessoas sem comida. Olhem aí, um gesto de amor que movimentou o mundo inteiro e originou outras campanhas organizadas.
Um pouco antes da gravação, foi fixado um cartaz no estúdio convidando as pessoas a deixarem suas vaidades para fora. Esse era o maior risco do projeto, um único dia, mais de 40 pessoas que faziam sucesso mundial sozinhos precisavam cantar em sintonia, e a favor de um único objetivo, um bem maior para além de si mesmo e do próprio sucesso.
Acho que essa pode ser uma resposta para a minha inquietação: é possível uma força organizada a partir do amor combater a violência e a ganância pelo poder?
Talvez o amor não seja muito organizado, ele é uma decisão deliberada diária, que nos convida a olhar para além de nós mesmos, pensar no bem comum, na possibilidade de todos terem condições dignas de vida, de serem felizes e todos saírem ganhando com essas ações.
Para isso, também é preciso abdicar do poder e da vaidade e talvez aí seja a maior dificuldade. Os seguidores desse movimento não podem ser cegos, precisam ter consciência dos seus comportamentos e escolhas, precisam entender que toda ação tem um impacto nos outros. Precisam se conhecer e estar abertos a conhecer e reconhecer o outro. As principais “armas” deste movimento são o diálogo, o respeito, uma boa consciência coletiva e o amor prático.
Do meu ponto de vista, o conflito “violência x amor” é diário e ocorre em todo no planeta. Arrisco sonhar que o amor pode vencer na maior parte do tempo e locais. Se para um ato violento tivermos duas ações de amor, talvez possamos mostrar para as pessoas que viver o amor e que a cooperação seja muito mais vantajosa que a violência, a competição e a luta pelo poder de alguns sobre muitos.
Temos vários movimentos de amor por aí, e podemos começar vários outros todos os dias da nossa vida. Eu escolho o movimento do amor!
O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.
As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.
Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura.
A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.
<span class="abre-texto">Esses dias, assisti a dois filmes em sequência</span>, que me levaram para algumas reflexões. Compartilharei elas com vocês. O primeiro foi Einstein e a bomba, que retrata a vida de Einstein à época do Holocausto e na Segunda Guerra Mundial. Ele se denominava um pacifista militante e tinha considerável preocupação com conflitos e ações violentas.
Tenho particular interesse em comentar sobre uma fala dele que ocupou meu pensamento e, por essa razão, não será a transcrição literal. Em um determinado momento, ele relata que uma força organizada e militarizada só poderia ser combatida por outra força organizada (ao comentar sobre as ações de Hitler e o que poderia pará-lo). Ao escutar esse trecho, a primeira reflexão que tive foi: e se essa força organizada fosse uma ação pautada no amor? Já volto a falar mais sobre isso.
Quando terminou o filme do Einstein, comecei a assistir A noite que mudou o pop. Estava curiosa pois vários amigos estavam comentando sobre ele. E para minha grata surpresa, do meu ponto de vista, este filme me trouxe respostas sobre a minha inquietação a cerca das forças organizadas.
Esse filme retrata os dias que antecederam e a noite em que a música We are the world foi gravada, desde o momento em que o empresário Ken Kragen é contratado para produzir o projeto, até a gravação propriamente dita por mais de 40 cantores do pop internacional. A atividade envolveu Quincy Jones na coprodução, Michael Jackson e Lionel Richie na escrita da música.
Os artistas se reuniram para angariar doações contra a fome no continente africano, onde haviam mais de um milhão de pessoas sem comida. Olhem aí, um gesto de amor que movimentou o mundo inteiro e originou outras campanhas organizadas.
Um pouco antes da gravação, foi fixado um cartaz no estúdio convidando as pessoas a deixarem suas vaidades para fora. Esse era o maior risco do projeto, um único dia, mais de 40 pessoas que faziam sucesso mundial sozinhos precisavam cantar em sintonia, e a favor de um único objetivo, um bem maior para além de si mesmo e do próprio sucesso.
Acho que essa pode ser uma resposta para a minha inquietação: é possível uma força organizada a partir do amor combater a violência e a ganância pelo poder?
Talvez o amor não seja muito organizado, ele é uma decisão deliberada diária, que nos convida a olhar para além de nós mesmos, pensar no bem comum, na possibilidade de todos terem condições dignas de vida, de serem felizes e todos saírem ganhando com essas ações.
Para isso, também é preciso abdicar do poder e da vaidade e talvez aí seja a maior dificuldade. Os seguidores desse movimento não podem ser cegos, precisam ter consciência dos seus comportamentos e escolhas, precisam entender que toda ação tem um impacto nos outros. Precisam se conhecer e estar abertos a conhecer e reconhecer o outro. As principais “armas” deste movimento são o diálogo, o respeito, uma boa consciência coletiva e o amor prático.
Do meu ponto de vista, o conflito “violência x amor” é diário e ocorre em todo no planeta. Arrisco sonhar que o amor pode vencer na maior parte do tempo e locais. Se para um ato violento tivermos duas ações de amor, talvez possamos mostrar para as pessoas que viver o amor e que a cooperação seja muito mais vantajosa que a violência, a competição e a luta pelo poder de alguns sobre muitos.
Temos vários movimentos de amor por aí, e podemos começar vários outros todos os dias da nossa vida. Eu escolho o movimento do amor!
O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.
As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.
Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura.
A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.