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Opinião

O encontro de Einstein, Quincy Jones, Michael Jackson, e Lionel Richie

Filme 'Einstein e a bomba' e a gravação de 'We are the world' refletem sobre o amor como força transformadora.Filme 'Einstein e a bomba' e a gravação de 'We are the world' refletem sobre o amor como força transformadora.
Vinícius Sgarbe
/
DALL·E 3

<span class="abre-texto">Esses dias, assisti a dois filmes em sequência</span>, que me levaram para algumas reflexões. Compartilharei elas com vocês. O primeiro foi Einstein e a bomba, que retrata a vida de Einstein à época do Holocausto e na Segunda Guerra Mundial. Ele se denominava um pacifista militante e tinha considerável preocupação com conflitos e ações violentas.

Tenho particular interesse em comentar sobre uma fala dele que ocupou meu pensamento e, por essa razão, não será a transcrição literal. Em um determinado momento, ele relata que uma força organizada e militarizada só poderia ser combatida por outra força organizada (ao comentar sobre as ações de Hitler e o que poderia pará-lo). Ao escutar esse trecho, a primeira reflexão que tive foi: e se essa força organizada fosse uma ação pautada no amor? Já volto a falar mais sobre isso.

Quando terminou o filme do Einstein, comecei a assistir A noite que mudou o pop. Estava curiosa pois vários amigos estavam comentando sobre ele. E para minha grata surpresa, do meu ponto de vista, este filme me trouxe respostas sobre a minha inquietação a cerca das forças organizadas.

Esse filme retrata os dias que antecederam e a noite em que a música We are the world foi gravada, desde o momento em que o empresário Ken Kragen é contratado para produzir o projeto, até a gravação propriamente dita por mais de 40 cantores do pop internacional. A atividade envolveu Quincy Jones na coprodução, Michael Jackson e Lionel Richie na escrita da música.

Os artistas se reuniram para angariar doações contra a fome no continente africano, onde haviam mais de um milhão de pessoas sem comida. Olhem aí, um gesto de amor que movimentou o mundo inteiro e originou outras campanhas organizadas.

Um pouco antes da gravação, foi fixado um cartaz no estúdio convidando as pessoas a deixarem suas vaidades para fora. Esse era o maior risco do projeto, um único dia, mais de 40 pessoas que faziam sucesso mundial sozinhos precisavam cantar em sintonia, e a favor de um único objetivo, um bem maior para além de si mesmo e do próprio sucesso.

Acho que essa pode ser uma resposta para a minha inquietação: é possível uma força organizada a partir do amor combater a violência e a ganância pelo poder?

Talvez o amor não seja muito organizado, ele é uma decisão deliberada diária, que nos convida a olhar para além de nós mesmos, pensar no bem comum, na possibilidade de todos terem condições dignas de vida, de serem felizes e todos saírem ganhando com essas ações.

Para isso, também é preciso abdicar do poder e da vaidade e talvez aí seja a maior dificuldade. Os seguidores desse movimento não podem ser cegos, precisam ter consciência dos seus comportamentos e escolhas, precisam entender que toda ação tem um impacto nos outros. Precisam se conhecer e estar abertos a conhecer e reconhecer o outro. As principais “armas” deste movimento são o diálogo, o respeito, uma boa consciência coletiva e o amor prático.

Do meu ponto de vista, o conflito “violência x amor” é diário e ocorre em todo no planeta. Arrisco sonhar que o amor pode vencer na maior parte do tempo e locais. Se para um ato violento tivermos duas ações de amor, talvez possamos mostrar para as pessoas que viver o amor e que a cooperação seja muito mais vantajosa que a violência, a competição e a luta pelo poder de alguns sobre muitos.

Temos vários movimentos de amor por aí, e podemos começar vários outros todos os dias da nossa vida. Eu escolho o movimento do amor!

Última atualização
7/4/2024 13:17
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

Opinião

O encontro de Einstein, Quincy Jones, Michael Jackson, e Lionel Richie

Filme 'Einstein e a bomba' e a gravação de 'We are the world' refletem sobre o amor como força transformadora.Filme 'Einstein e a bomba' e a gravação de 'We are the world' refletem sobre o amor como força transformadora.
Vinícius Sgarbe
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DALL·E 3
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

O encontro de Einstein, Quincy Jones, Michael Jackson, e Lionel Richie

<span class="abre-texto">Esses dias, assisti a dois filmes em sequência</span>, que me levaram para algumas reflexões. Compartilharei elas com vocês. O primeiro foi Einstein e a bomba, que retrata a vida de Einstein à época do Holocausto e na Segunda Guerra Mundial. Ele se denominava um pacifista militante e tinha considerável preocupação com conflitos e ações violentas.

Tenho particular interesse em comentar sobre uma fala dele que ocupou meu pensamento e, por essa razão, não será a transcrição literal. Em um determinado momento, ele relata que uma força organizada e militarizada só poderia ser combatida por outra força organizada (ao comentar sobre as ações de Hitler e o que poderia pará-lo). Ao escutar esse trecho, a primeira reflexão que tive foi: e se essa força organizada fosse uma ação pautada no amor? Já volto a falar mais sobre isso.

Quando terminou o filme do Einstein, comecei a assistir A noite que mudou o pop. Estava curiosa pois vários amigos estavam comentando sobre ele. E para minha grata surpresa, do meu ponto de vista, este filme me trouxe respostas sobre a minha inquietação a cerca das forças organizadas.

Esse filme retrata os dias que antecederam e a noite em que a música We are the world foi gravada, desde o momento em que o empresário Ken Kragen é contratado para produzir o projeto, até a gravação propriamente dita por mais de 40 cantores do pop internacional. A atividade envolveu Quincy Jones na coprodução, Michael Jackson e Lionel Richie na escrita da música.

Os artistas se reuniram para angariar doações contra a fome no continente africano, onde haviam mais de um milhão de pessoas sem comida. Olhem aí, um gesto de amor que movimentou o mundo inteiro e originou outras campanhas organizadas.

Um pouco antes da gravação, foi fixado um cartaz no estúdio convidando as pessoas a deixarem suas vaidades para fora. Esse era o maior risco do projeto, um único dia, mais de 40 pessoas que faziam sucesso mundial sozinhos precisavam cantar em sintonia, e a favor de um único objetivo, um bem maior para além de si mesmo e do próprio sucesso.

Acho que essa pode ser uma resposta para a minha inquietação: é possível uma força organizada a partir do amor combater a violência e a ganância pelo poder?

Talvez o amor não seja muito organizado, ele é uma decisão deliberada diária, que nos convida a olhar para além de nós mesmos, pensar no bem comum, na possibilidade de todos terem condições dignas de vida, de serem felizes e todos saírem ganhando com essas ações.

Para isso, também é preciso abdicar do poder e da vaidade e talvez aí seja a maior dificuldade. Os seguidores desse movimento não podem ser cegos, precisam ter consciência dos seus comportamentos e escolhas, precisam entender que toda ação tem um impacto nos outros. Precisam se conhecer e estar abertos a conhecer e reconhecer o outro. As principais “armas” deste movimento são o diálogo, o respeito, uma boa consciência coletiva e o amor prático.

Do meu ponto de vista, o conflito “violência x amor” é diário e ocorre em todo no planeta. Arrisco sonhar que o amor pode vencer na maior parte do tempo e locais. Se para um ato violento tivermos duas ações de amor, talvez possamos mostrar para as pessoas que viver o amor e que a cooperação seja muito mais vantajosa que a violência, a competição e a luta pelo poder de alguns sobre muitos.

Temos vários movimentos de amor por aí, e podemos começar vários outros todos os dias da nossa vida. Eu escolho o movimento do amor!

Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.
Última atualização
7/4/2024 13:17

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Eu e minhas circunstâncias à busca de propósito

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

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