Já faz algum tempo (acredito que esse seja um presente do envelhecimento) que venho aprendendo a saborear os momentos vividos. É como se relesse com atenção uma parte da história que ainda estou construindo.
Há duas semanas, escrevi sobre a apresentação do livro Memórias de chá, escrito pelas educandas do Centro de Integração Social (CIS). Nesse evento, uma cena se destaca entre as minhas lembranças: a diretora da unidade presta uma linda homenagem ao seu pai para representar, naquele momento, o leitor.
Além do gesto de afeto, chamou-me a atenção contar naquele encontro de validação da escrita de si, com a representação simbólica do leitor.
No ato da escrita, o leitor é o destinatário da mensagem. Imaginário ou real, é para ele que escrevemos.
Na seara de ensinar a escrever, seja para os processos seletivos, seja para possibilitar um encontro com as memórias, sentimentos ou percepções do mundo, na perspectiva de ressignificar o ser e estar aqui e agora, o leitor é o porto para o qual as embarcações do texto acorrem.
Há, com certeza, uma negociação de sentidos a ser feita para que a mensagem alcance seu objetivo e, para além da definição do gênero, também se instaura no processo da escrita um capcioso jogo de esconde e mostra.
A escrita de si, quando mobilizada pelas memórias, apesar de, às vezes, autobiográfica, necessariamente atravessa o portal da interpretação de um outro eu.
O fato vivido é, no ato da escrita, o resultado interpretativo do eu de agora. Como disse Heráclito: Nenhum homem pode se banhar no mesmo rio duas vezes, pois na segunda vez, nem o homem, nem o rio são os mesmos.
Assim, a escrita é, em verdade, o resultado de uma primeira leitura, muitas vezes inconsciente nos relatos autobiográficos e outras vezes, consciente e crítica quando precisamos ajustar o discurso aos enunciados propostos.
Esse processo de interpretar o que somos, pensamos, sonhamos, com que concordamos e discordamos que se apresenta na escrita também está presente na vida. No texto, usamos as palavras para deixar nossa marca, na vida, o texto somos nós.
Na releitura daquela tarde, a presença do leitor representada por uma pessoa que muito caminhou me fez pensar no compromisso que temos. Mais cedo ou mais tarde, seremos uma página escrita no livro da vida. O que deixaremos como legado? Qual será a mensagem de nosso canto?
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Já faz algum tempo (acredito que esse seja um presente do envelhecimento) que venho aprendendo a saborear os momentos vividos. É como se relesse com atenção uma parte da história que ainda estou construindo.
Há duas semanas, escrevi sobre a apresentação do livro Memórias de chá, escrito pelas educandas do Centro de Integração Social (CIS). Nesse evento, uma cena se destaca entre as minhas lembranças: a diretora da unidade presta uma linda homenagem ao seu pai para representar, naquele momento, o leitor.
Além do gesto de afeto, chamou-me a atenção contar naquele encontro de validação da escrita de si, com a representação simbólica do leitor.
No ato da escrita, o leitor é o destinatário da mensagem. Imaginário ou real, é para ele que escrevemos.
Na seara de ensinar a escrever, seja para os processos seletivos, seja para possibilitar um encontro com as memórias, sentimentos ou percepções do mundo, na perspectiva de ressignificar o ser e estar aqui e agora, o leitor é o porto para o qual as embarcações do texto acorrem.
Há, com certeza, uma negociação de sentidos a ser feita para que a mensagem alcance seu objetivo e, para além da definição do gênero, também se instaura no processo da escrita um capcioso jogo de esconde e mostra.
A escrita de si, quando mobilizada pelas memórias, apesar de, às vezes, autobiográfica, necessariamente atravessa o portal da interpretação de um outro eu.
O fato vivido é, no ato da escrita, o resultado interpretativo do eu de agora. Como disse Heráclito: Nenhum homem pode se banhar no mesmo rio duas vezes, pois na segunda vez, nem o homem, nem o rio são os mesmos.
Assim, a escrita é, em verdade, o resultado de uma primeira leitura, muitas vezes inconsciente nos relatos autobiográficos e outras vezes, consciente e crítica quando precisamos ajustar o discurso aos enunciados propostos.
Esse processo de interpretar o que somos, pensamos, sonhamos, com que concordamos e discordamos que se apresenta na escrita também está presente na vida. No texto, usamos as palavras para deixar nossa marca, na vida, o texto somos nós.
Na releitura daquela tarde, a presença do leitor representada por uma pessoa que muito caminhou me fez pensar no compromisso que temos. Mais cedo ou mais tarde, seremos uma página escrita no livro da vida. O que deixaremos como legado? Qual será a mensagem de nosso canto?
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.