Corrida para a Prefeitura de Curitiba

Opinião

Livro Branco convida público a explorar gravura tátil na Biblioteca Pública do Paraná

Conheça a trajetória de Iriana Vezzani e seus projetos de arte colaborativa em gravura.Conheça a trajetória de Iriana Vezzani e seus projetos de arte colaborativa em gravura.
Hamed Almeida Braga
/
Acervo pessoal
Gracon

Nesta entrevista, vamos conhecer um pouco mais sobre a trajetória da artista e professora Iriana Vezzani, doutora e mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2007, participa de diversas exposições e projetos coletivos de gravura. Atualmente, trabalha como professora colaboradora do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). É também membro do Grupo de Pesquisa em História Intelectual e Educação (GPHIE-UFPR) e da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE). Pesquisa arte e educação, em uma perspectiva histórica, e também as relações entre texto e imagem em jornais e revistas do século XIX, somando os instrumentais da história com os da arte e da educação.

Hamed: O que te levou a entrar no mundo da arte e como foi esse processo?

Iriana: Minha primeira formação é Publicidade e Propaganda, onde sempre trabalhei na criação. Quando mudamos para Curitiba, o plano era entrar em Artes, assim que meus filhos estivessem todos na escola. Cursei Educação Artística na UFPR, mas nunca gostei do nome "educação artística"! Durante toda a graduação estive envolvida em projetos de exposição (Catapulta, Possíveis Conexões), montagem, oficinas de gravura para professores da rede municipal e estadual de educação (Projeto-Célula: Gravura na escola - Olhar/Gravura). Fiz iniciação científica, fui monitora de gravura da Dulce Osinski e também [sua] orientanda de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação), [e depois] bolsista de mestrado e doutorado, em que tive a oportunidade de acompanhá-la na prática de docência.

Hamed: Quando que a gravura começou a ocupar um grande espaço na sua vida?

Iriana: A gravura começou a ocupar um espaço importante quando iniciei a pesquisa da cidade como matriz. Sempre mantive um vínculo com o conceito de gravura, tensionando o que era matriz, o que era objeto e o que era gravura. A pandemia [de Covid-19] forçou ainda mais a expansão do conceito: fotografia é gravura com luz - assim como a cianotipia - marca de sol na pele, gelo é gravura efêmera, gravura comestível, em movimento, gravura sonora... Se a impressão parte de uma matriz e puder ser reproduzida, eu aceito. Busco sempre alguém que me surpreenda, e me surpreendo bastante!

Hamed: Como você enxerga a relação da gravura com o trabalho coletivo?

Iriana: A história da gravura é muito ligada ao coletivo, os ateliês sempre foram lugares de troca, de debate: estar em movimento e em diálogo é uma das principais características daqueles que precisam estar juntos para compartilhar as goivas, a prensa, a tinta... Percebo uma energia que circula entre as pessoas, quando se aproximam para ver sair da prensa uma impressão. Tem o silêncio, a surpresa e as perguntas que ainda estão sem resposta. Tem muito de corpo e isso aproxima [a gravura] da performance, uma dança entre a mesa de corte, de entintagem, a prensa, a colher, o som da goiva, da tinta no rolo... O trabalho coletivo já está no cuidado com o ateliê, com os materiais, no respeito com o trabalho do outro, até a forma como se usa a secadora reflete o coletivo. O jogo das memórias foi o primeiro exercício e depois veio gravar junto, interferindo na imagem do outro, acompanhando as mudanças nas montagens do jogo e a surpresa de receber o outro como parte da criação. Ainda estamos investigando, mas a ideia é sair dos espaços expositivos e trabalhar em locais públicos... Durante as ações, sempre existem pessoas encarregadas de observar, anotar e registrar. Mas a energia é a mesma do ateliê, as conversas fluem e o corpo grava.

Montagem da exposição "Livro Branco" na Biblioteca Pública do Paraná, 2023.

Hamed: Como surgiu a ideia de criar o Livro Branco?

Iriana: O Livro Branco é um projeto inocente, uma troca entre amigos. Queria um lugar onde quem estivesse iniciando pudesse estar ao lado de quem admira, de quem tivesse sem fazer gravura e voltasse a afiar as goivas.

Hamed: A proposta do Livro Branco foi que cada artista realizasse uma gofragem com matriz de linóleo, em tamanho 10 x 10 cm, tendo como tema a cor branca, em uma tiragem de 23 cópias, que depois os participantes trocariam entre si. Só para nossos leitores entenderem, gofragem é uma técnica de impressão a seco, sem tinta, como aqueles relevos que vemos em guardanapos de papel. Como foi o processo de ensinar para tantas pessoas essa técnica  e ainda organizar uma exposição?

Iriana: O Livro Branco está dentro do projeto de extensão universitária Cartografando a ciranda-gravura, foi crescendo, recebendo, encontrando... Costumo dizer que ele é! Achei interessante como as pessoas fizeram fotos no totem [na entrada da exposição]: Livro Branco! Precisei de uma equipe forte de apoio. Luana Cesconetto entrou para organizar as listas e entrada de trabalhos. Ela esteve focada em organizar uma parte importante do projeto que eu não daria conta, e ela foi perfeita! O Rafael Oliveira assumiu a curadoria com uma energia poderosa de leitura e respeito por cada trabalho. Foi lindo acompanhar este processo de curadoria. Queríamos algo que fosse realmente diferente na forma de expor, respeitando o tempo de cada um para sentir a gravura. Cada livro exposto tem um conjunto de trabalhos que dialogam entre si. Tivemos, também, apoios importantes: Nelson Hohmann, do Solar do Barão, recebeu os artistas para imprimirem as obras e construiu um modelo de caixa [para que cada participante guardasse as cópias dos trabalhos recebidos]. A Lídia, do setor educativo da Biblioteca Pública do Paraná [onde a exposição fica em cartaz até 16 de dezembro], nos apresentou ao setor de braille e Cleo, que recebeu artistas, alunos e professores para apresentar o braille, orientar a condução e mobilidade dos cegos, para que pudéssemos acolher as necessidades do público. Lu fez a leitura [falada] de cada pesquisa, que passamos para QR code. Assim, além de acessar a imagem pelo toque, [a pessoa cega] também poderia acessar a pesquisa de cada um [pelo som].

A gofragem já havia sido exposta no Centro de Capacitação Guido Viaro (CCGV-Curitiba), onde tivemos a curadoria de um cego, o Luiz. Foi uma experiência que me fez pensar em gravura tátil. Eles escolheram, pelo tato, as matrizes (dos alunos de gravura da FAP) e imprimimos juntos. Ficou evidente o potencial da gravura com este público. Hoje (06) tivemos oficina dentro do espaço expositivo e reparei como as pessoas se surpreendem ao imprimirem! Se a matriz estiver bem gravada e o papel for bom, o resultado é lindo!

Estive no Gracon e o grupo aceitou o desafio! Fiz oficinas com professores da FAP, inclusive com a presença da [professora] Laila Tarran, já aposentada, especialista em cor, assumindo o desafio de pensar o branco! O Armazém da Gravura acompanhou todo o processo: recebia os pedidos, gerou cupom de desconto e agilizou as entregas! O Escambo Gráfico foi nossa principal referência, e eles também toparam o desafio!

O Livro Branco reuniu alunos e professores artistas da Unespar (FAP, Embap), da UEPG, da UFPR (DeArtes), professores de práticas artísticas da Secretaria Municipal de Educação, artistas que atuam e atuaram no Solar do Barão, egressos da FAP e da UFPR, que tiveram gravura comigo, na prática de docência do mestrado e doutorado. Ainda é importante destacar o espaço expositivo e a forma de expor o Livro. Observamos os espaços da biblioteca, o silêncio, o movimento contínuo de pessoas, a luminosidade. O local está em sintonia com as obras.

Abertura da exposição "Livro Branco" na Biblioteca Pública do Paraná, 2023.

Hamed: E quais são os seus próximos projetos?

Iriana: Dentro do projeto de extensão, também temos a pesquisa e produção da performance em gravura coletiva "Onde nascem os ventos?", que ainda está em processo. Temos feito performance nos espaços de cultura e educação - locais onde suspeitamos fortemente que nascem os ventos. Josiane e Lucimara, responsáveis pelo setor de práticas artísticas da Secretaria Municipal de Educação, têm trabalhado conosco, performando nas escolas, na cantina da FAP (dentro do Pipoca Cultural), no estacionamento do DeArtes UFPR e na Galeria SOMA. Já agendamos para atuar no pátio do Solar do Barão e na Biblioteca Pública. Cada performance resulta em panos impressos coletivamente em matrizes de madeira de 1,85 x 1,40 m, sempre em magenta, ciano e amarelo. Estes panos irão compor uma exposição. 

[Já] o jogo das memórias é um trabalho que está sempre mudando, recebendo novos artistas e propondo montagens interativas com o público. Se exposto linearmente, ele já tem mais de 25 metros! 

Além disso, vamos produzir uma tiragem do Livro Branco em suporte preto e outra com tinta. Vamos explorar a potência das imagens do Livro com outras formas de montagem. Ainda pretendo atuar junto às professoras da rede municipal e estadual de ensino, tanto com a performance "Onde nascem os ventos?", quanto com o jogo das memórias. Todos são projetos coletivos que estão em processo e fazem parte de uma pesquisa da gravura como performance.

Por Hamed Almeida Braga.

Última atualização
15/12/2023 9:24
Gracon
Grupo de pesquisa em Gravura Contemporânea da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.

Opinião

Livro Branco convida público a explorar gravura tátil na Biblioteca Pública do Paraná

Conheça a trajetória de Iriana Vezzani e seus projetos de arte colaborativa em gravura.Conheça a trajetória de Iriana Vezzani e seus projetos de arte colaborativa em gravura.
Hamed Almeida Braga
/
Acervo pessoal
Gracon
Grupo de pesquisa em Gravura Contemporânea da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
8/12/2023 10:01
Gracon

Livro Branco convida público a explorar gravura tátil na Biblioteca Pública do Paraná

Nesta entrevista, vamos conhecer um pouco mais sobre a trajetória da artista e professora Iriana Vezzani, doutora e mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2007, participa de diversas exposições e projetos coletivos de gravura. Atualmente, trabalha como professora colaboradora do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). É também membro do Grupo de Pesquisa em História Intelectual e Educação (GPHIE-UFPR) e da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE). Pesquisa arte e educação, em uma perspectiva histórica, e também as relações entre texto e imagem em jornais e revistas do século XIX, somando os instrumentais da história com os da arte e da educação.

Hamed: O que te levou a entrar no mundo da arte e como foi esse processo?

Iriana: Minha primeira formação é Publicidade e Propaganda, onde sempre trabalhei na criação. Quando mudamos para Curitiba, o plano era entrar em Artes, assim que meus filhos estivessem todos na escola. Cursei Educação Artística na UFPR, mas nunca gostei do nome "educação artística"! Durante toda a graduação estive envolvida em projetos de exposição (Catapulta, Possíveis Conexões), montagem, oficinas de gravura para professores da rede municipal e estadual de educação (Projeto-Célula: Gravura na escola - Olhar/Gravura). Fiz iniciação científica, fui monitora de gravura da Dulce Osinski e também [sua] orientanda de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação), [e depois] bolsista de mestrado e doutorado, em que tive a oportunidade de acompanhá-la na prática de docência.

Hamed: Quando que a gravura começou a ocupar um grande espaço na sua vida?

Iriana: A gravura começou a ocupar um espaço importante quando iniciei a pesquisa da cidade como matriz. Sempre mantive um vínculo com o conceito de gravura, tensionando o que era matriz, o que era objeto e o que era gravura. A pandemia [de Covid-19] forçou ainda mais a expansão do conceito: fotografia é gravura com luz - assim como a cianotipia - marca de sol na pele, gelo é gravura efêmera, gravura comestível, em movimento, gravura sonora... Se a impressão parte de uma matriz e puder ser reproduzida, eu aceito. Busco sempre alguém que me surpreenda, e me surpreendo bastante!

Hamed: Como você enxerga a relação da gravura com o trabalho coletivo?

Iriana: A história da gravura é muito ligada ao coletivo, os ateliês sempre foram lugares de troca, de debate: estar em movimento e em diálogo é uma das principais características daqueles que precisam estar juntos para compartilhar as goivas, a prensa, a tinta... Percebo uma energia que circula entre as pessoas, quando se aproximam para ver sair da prensa uma impressão. Tem o silêncio, a surpresa e as perguntas que ainda estão sem resposta. Tem muito de corpo e isso aproxima [a gravura] da performance, uma dança entre a mesa de corte, de entintagem, a prensa, a colher, o som da goiva, da tinta no rolo... O trabalho coletivo já está no cuidado com o ateliê, com os materiais, no respeito com o trabalho do outro, até a forma como se usa a secadora reflete o coletivo. O jogo das memórias foi o primeiro exercício e depois veio gravar junto, interferindo na imagem do outro, acompanhando as mudanças nas montagens do jogo e a surpresa de receber o outro como parte da criação. Ainda estamos investigando, mas a ideia é sair dos espaços expositivos e trabalhar em locais públicos... Durante as ações, sempre existem pessoas encarregadas de observar, anotar e registrar. Mas a energia é a mesma do ateliê, as conversas fluem e o corpo grava.

Montagem da exposição "Livro Branco" na Biblioteca Pública do Paraná, 2023.

Hamed: Como surgiu a ideia de criar o Livro Branco?

Iriana: O Livro Branco é um projeto inocente, uma troca entre amigos. Queria um lugar onde quem estivesse iniciando pudesse estar ao lado de quem admira, de quem tivesse sem fazer gravura e voltasse a afiar as goivas.

Hamed: A proposta do Livro Branco foi que cada artista realizasse uma gofragem com matriz de linóleo, em tamanho 10 x 10 cm, tendo como tema a cor branca, em uma tiragem de 23 cópias, que depois os participantes trocariam entre si. Só para nossos leitores entenderem, gofragem é uma técnica de impressão a seco, sem tinta, como aqueles relevos que vemos em guardanapos de papel. Como foi o processo de ensinar para tantas pessoas essa técnica  e ainda organizar uma exposição?

Iriana: O Livro Branco está dentro do projeto de extensão universitária Cartografando a ciranda-gravura, foi crescendo, recebendo, encontrando... Costumo dizer que ele é! Achei interessante como as pessoas fizeram fotos no totem [na entrada da exposição]: Livro Branco! Precisei de uma equipe forte de apoio. Luana Cesconetto entrou para organizar as listas e entrada de trabalhos. Ela esteve focada em organizar uma parte importante do projeto que eu não daria conta, e ela foi perfeita! O Rafael Oliveira assumiu a curadoria com uma energia poderosa de leitura e respeito por cada trabalho. Foi lindo acompanhar este processo de curadoria. Queríamos algo que fosse realmente diferente na forma de expor, respeitando o tempo de cada um para sentir a gravura. Cada livro exposto tem um conjunto de trabalhos que dialogam entre si. Tivemos, também, apoios importantes: Nelson Hohmann, do Solar do Barão, recebeu os artistas para imprimirem as obras e construiu um modelo de caixa [para que cada participante guardasse as cópias dos trabalhos recebidos]. A Lídia, do setor educativo da Biblioteca Pública do Paraná [onde a exposição fica em cartaz até 16 de dezembro], nos apresentou ao setor de braille e Cleo, que recebeu artistas, alunos e professores para apresentar o braille, orientar a condução e mobilidade dos cegos, para que pudéssemos acolher as necessidades do público. Lu fez a leitura [falada] de cada pesquisa, que passamos para QR code. Assim, além de acessar a imagem pelo toque, [a pessoa cega] também poderia acessar a pesquisa de cada um [pelo som].

A gofragem já havia sido exposta no Centro de Capacitação Guido Viaro (CCGV-Curitiba), onde tivemos a curadoria de um cego, o Luiz. Foi uma experiência que me fez pensar em gravura tátil. Eles escolheram, pelo tato, as matrizes (dos alunos de gravura da FAP) e imprimimos juntos. Ficou evidente o potencial da gravura com este público. Hoje (06) tivemos oficina dentro do espaço expositivo e reparei como as pessoas se surpreendem ao imprimirem! Se a matriz estiver bem gravada e o papel for bom, o resultado é lindo!

Estive no Gracon e o grupo aceitou o desafio! Fiz oficinas com professores da FAP, inclusive com a presença da [professora] Laila Tarran, já aposentada, especialista em cor, assumindo o desafio de pensar o branco! O Armazém da Gravura acompanhou todo o processo: recebia os pedidos, gerou cupom de desconto e agilizou as entregas! O Escambo Gráfico foi nossa principal referência, e eles também toparam o desafio!

O Livro Branco reuniu alunos e professores artistas da Unespar (FAP, Embap), da UEPG, da UFPR (DeArtes), professores de práticas artísticas da Secretaria Municipal de Educação, artistas que atuam e atuaram no Solar do Barão, egressos da FAP e da UFPR, que tiveram gravura comigo, na prática de docência do mestrado e doutorado. Ainda é importante destacar o espaço expositivo e a forma de expor o Livro. Observamos os espaços da biblioteca, o silêncio, o movimento contínuo de pessoas, a luminosidade. O local está em sintonia com as obras.

Abertura da exposição "Livro Branco" na Biblioteca Pública do Paraná, 2023.

Hamed: E quais são os seus próximos projetos?

Iriana: Dentro do projeto de extensão, também temos a pesquisa e produção da performance em gravura coletiva "Onde nascem os ventos?", que ainda está em processo. Temos feito performance nos espaços de cultura e educação - locais onde suspeitamos fortemente que nascem os ventos. Josiane e Lucimara, responsáveis pelo setor de práticas artísticas da Secretaria Municipal de Educação, têm trabalhado conosco, performando nas escolas, na cantina da FAP (dentro do Pipoca Cultural), no estacionamento do DeArtes UFPR e na Galeria SOMA. Já agendamos para atuar no pátio do Solar do Barão e na Biblioteca Pública. Cada performance resulta em panos impressos coletivamente em matrizes de madeira de 1,85 x 1,40 m, sempre em magenta, ciano e amarelo. Estes panos irão compor uma exposição. 

[Já] o jogo das memórias é um trabalho que está sempre mudando, recebendo novos artistas e propondo montagens interativas com o público. Se exposto linearmente, ele já tem mais de 25 metros! 

Além disso, vamos produzir uma tiragem do Livro Branco em suporte preto e outra com tinta. Vamos explorar a potência das imagens do Livro com outras formas de montagem. Ainda pretendo atuar junto às professoras da rede municipal e estadual de ensino, tanto com a performance "Onde nascem os ventos?", quanto com o jogo das memórias. Todos são projetos coletivos que estão em processo e fazem parte de uma pesquisa da gravura como performance.

Por Hamed Almeida Braga.

Gracon
Grupo de pesquisa em Gravura Contemporânea da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Última atualização
15/12/2023 9:24

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.