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Opinião

Importância da educação emocional no crescimento das crianças

Reflexões de uma mãe sobre a educação emocional e sua importância no desenvolvimento das crianças.Reflexões de uma mãe sobre a educação emocional e sua importância no desenvolvimento das crianças.
Bianca Stella
/
Adobe Firefly

<span class="abre-texto">Semana passada teve programação em família,</span> assistir “Divertidamente 2” no cinema. Para aquecimento, no dia anterior, assistimos ao primeiro filme e em determinado momento meu filho falou: “Mãe, a mana parece a Raiva, eu a Tristeza e você a Alegria”. A pequena estava braba, pois não queria mais aquela programação, ele estava tomado pela tristeza devido à brabeza da irmã e eu empolgadíssima para assistir à continuidade do filme. A leitura dele do momento foi perfeita. 

Não vou seguir falando do filme, estou proibida de dar spoilers, mas recomendo enfaticamente, é um filme para crianças, mas principalmente para os adultos e as crianças abrigadas em seus corpos. Escutar a análise do meu filho me deixa ainda mais feliz.

Um dos meus propósitos de vida sempre foi poder ensinar aos meus filhos a habilidade de reconhecer e lidar com as emoções, para eles terem menos dificuldade de se mostrar e apresentar suas necessidades nos relacionamentos com as outras pessoas (principalmente para eles não viverem as mesmas dores que eu vivi). 

Quando conheci a Análise Transacional em 2014, uma teoria de comportamento humano criada pelo psiquiatra Eric Berne, me reconheci nela e vi a possibilidade do meu propósito acontecer. Desde então tenho estudado muito, muito mesmo, mas percebo, diariamente, que apenas o estudo não é suficiente. Compartilho aqui, talvez um dos maiores desafios que vivo no papel de mãe. 

Só estudar não é suficiente, por uma questão bem prática, todos os dias da minha vida sou influenciada por cada pedaço da minha história, fragmentos de vida bons e felizes, mas também partes não tão boas (ironia: aquelas dores que vivi). E muitas vezes, ao me relacionar com outras pessoas, mas principalmente com meus filhos, eu estabeleço lutas internas contra os meus próprios monstros. 

Na presença dos meus filhos, a raiva toma conta de mim quando o meu Pateta interno entra em cena no trânsito, a tristeza me devasta por algum evento e me convida ao recolhimento, o entusiasmo contagia (ou incomoda) quando a alegria está presente e, por vezes, o medo me consome quando preciso fazer algo que penso não dar conta. E em todos esses momentos, eles (meus filhos) sempre têm algo a me falar para me trazer de volta. 

Conhecer a teoria, a minha história, as minhas dores e as minhas estratégias de sobrevivência me ajudam a entender tudo isso, experimentar novas maneiras de fazer as coisas e lidar com as emoções e os estímulos emocionalmente competentes. Mas nem sempre estou aterrada o suficiente para não ser capturada pelas minhas próprias dores ou fantasias. 

Por isso, muitas vezes eu não acerto e preciso começar de novo, mas nunca do princípio, pois certamente passos de progresso foram dados. 

Relacionamentos e educação emocional não são fáceis, nem para crianças, menos ainda para adultos.

Quanto mais cedo eu aprendo a dar nome ao que estou sentindo, identificar os estímulos que me levaram a isso, mais cedo eu tenho possibilidades de aprender estratégias mais adequadas para me cuidar e me relacionar e, principalmente, aprendo que posso sentir o que estou sentindo. 

Maku, em sua coluna do último domingo, falou sobre os subterrâneos das nossas mentes, ilustrada por belíssimos (do meu ponto de vista) baús no sótão. A partir da minha experiência, posso concluir que, por mais que os conteúdos de alguns baús sejam assustadores ou feios aos meus olhos e aos olhares dos outros, cada baú, cada memória, cada experiência da minha vida me tornou quem sou hoje. Qualquer pedaço da minha história que se modifica, mudanças também acontecem em mim. 

Hoje agradeço aos meus filhos, por me permitirem aprender com eles todos os dias das nossas vidas, afinal, acho que quem tem me ensinado sobre educação emocional são eles. A mim, cabe um ambiente seguro e protegido, para eles expressarem e perceberem o que estão sentindo, mas assim como eu, serão nos relacionamentos (fáceis e difíceis) e pelo autoconhecimento que eles aprenderão.

Última atualização
5/7/2024 10:38
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.

Opinião

Importância da educação emocional no crescimento das crianças

Reflexões de uma mãe sobre a educação emocional e sua importância no desenvolvimento das crianças.Reflexões de uma mãe sobre a educação emocional e sua importância no desenvolvimento das crianças.
Bianca Stella
/
Adobe Firefly
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

<span class="abre-texto">Semana passada teve programação em família,</span> assistir “Divertidamente 2” no cinema. Para aquecimento, no dia anterior, assistimos ao primeiro filme e em determinado momento meu filho falou: “Mãe, a mana parece a Raiva, eu a Tristeza e você a Alegria”. A pequena estava braba, pois não queria mais aquela programação, ele estava tomado pela tristeza devido à brabeza da irmã e eu empolgadíssima para assistir à continuidade do filme. A leitura dele do momento foi perfeita. 

Não vou seguir falando do filme, estou proibida de dar spoilers, mas recomendo enfaticamente, é um filme para crianças, mas principalmente para os adultos e as crianças abrigadas em seus corpos. Escutar a análise do meu filho me deixa ainda mais feliz.

Um dos meus propósitos de vida sempre foi poder ensinar aos meus filhos a habilidade de reconhecer e lidar com as emoções, para eles terem menos dificuldade de se mostrar e apresentar suas necessidades nos relacionamentos com as outras pessoas (principalmente para eles não viverem as mesmas dores que eu vivi). 

Quando conheci a Análise Transacional em 2014, uma teoria de comportamento humano criada pelo psiquiatra Eric Berne, me reconheci nela e vi a possibilidade do meu propósito acontecer. Desde então tenho estudado muito, muito mesmo, mas percebo, diariamente, que apenas o estudo não é suficiente. Compartilho aqui, talvez um dos maiores desafios que vivo no papel de mãe. 

Só estudar não é suficiente, por uma questão bem prática, todos os dias da minha vida sou influenciada por cada pedaço da minha história, fragmentos de vida bons e felizes, mas também partes não tão boas (ironia: aquelas dores que vivi). E muitas vezes, ao me relacionar com outras pessoas, mas principalmente com meus filhos, eu estabeleço lutas internas contra os meus próprios monstros. 

Na presença dos meus filhos, a raiva toma conta de mim quando o meu Pateta interno entra em cena no trânsito, a tristeza me devasta por algum evento e me convida ao recolhimento, o entusiasmo contagia (ou incomoda) quando a alegria está presente e, por vezes, o medo me consome quando preciso fazer algo que penso não dar conta. E em todos esses momentos, eles (meus filhos) sempre têm algo a me falar para me trazer de volta. 

Conhecer a teoria, a minha história, as minhas dores e as minhas estratégias de sobrevivência me ajudam a entender tudo isso, experimentar novas maneiras de fazer as coisas e lidar com as emoções e os estímulos emocionalmente competentes. Mas nem sempre estou aterrada o suficiente para não ser capturada pelas minhas próprias dores ou fantasias. 

Por isso, muitas vezes eu não acerto e preciso começar de novo, mas nunca do princípio, pois certamente passos de progresso foram dados. 

Relacionamentos e educação emocional não são fáceis, nem para crianças, menos ainda para adultos.

Quanto mais cedo eu aprendo a dar nome ao que estou sentindo, identificar os estímulos que me levaram a isso, mais cedo eu tenho possibilidades de aprender estratégias mais adequadas para me cuidar e me relacionar e, principalmente, aprendo que posso sentir o que estou sentindo. 

Maku, em sua coluna do último domingo, falou sobre os subterrâneos das nossas mentes, ilustrada por belíssimos (do meu ponto de vista) baús no sótão. A partir da minha experiência, posso concluir que, por mais que os conteúdos de alguns baús sejam assustadores ou feios aos meus olhos e aos olhares dos outros, cada baú, cada memória, cada experiência da minha vida me tornou quem sou hoje. Qualquer pedaço da minha história que se modifica, mudanças também acontecem em mim. 

Hoje agradeço aos meus filhos, por me permitirem aprender com eles todos os dias das nossas vidas, afinal, acho que quem tem me ensinado sobre educação emocional são eles. A mim, cabe um ambiente seguro e protegido, para eles expressarem e perceberem o que estão sentindo, mas assim como eu, serão nos relacionamentos (fáceis e difíceis) e pelo autoconhecimento que eles aprenderão.

Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.
Última atualização
5/7/2024 10:38

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.