<span class="abre-texto">Quando as pessoas me conhecem</span>, veem minha imagem no presente e interpretam (mesmo inconscientemente) meus gestos, sons e expressões. Minha história está ali, precisamente naqueles gestos, sons e expressões – e em muitos outros aspectos ocultos, dos quais não me recordo.
Esse conjunto que se apresenta é uma espécie de “produto final”, formado a partir de incontáveis marcas e vincos. Quem observa a imagem, contudo, não pode adivinhar as marcas.
Cada instante da existência deixa sua dobra, como no origami, cuja forma final bela e simétrica oculta inúmeras etapas de preparação invisíveis. O resultado final que é notado, qualificado e admirado é sustentado por pilares invisíveis.
O reflexo que observo no espelho, ainda hoje, com tantos anos transcorridos, ainda esconde histórias que provavelmente desconhecerei.
Em nós, seres humanos, esses vincos podem ser fruto de uma simples experiência ou vestígio de algum trauma. Nosso cérebro, por meio do impulso poderoso da sobrevivência, muitas vezes oculta profundamente no esquecimento os eventos que geraram as marcas.
Os comportamentos adquiridos como reação aos vincos persistem, influenciando os relacionamentos.
A cegueira em relação às cicatrizes não impede o surgimento da dor. Que frequentemente aparece, aparentemente sem motivo. Essa dor origina comportamentos de sobrevivência, que, desatualizados, são inapropriados para a gestão da realidade concreta do presente.
Faz parte do autocuidado identificar as cicatrizes e, na medida do possível, buscar compreender sua origem, entender os impactos delas e optar por experimentar comportamentos alternativos.
Houve um momento em que precisei, com compaixão pela minha Criança interior, compreender e perdoar aos adultos que de algum modo marcaram dolorosamente minha memória. Esse processo de busca me levou a encontrar outros adultos que marcaram minha experiência com afeto e validação.
Hoje, aos meus vincos internos somaram-se os vincos da idade. Cada vez mais entendo, percebo e sinto ter maior amplitude para decidir, perdoar ou agradecer. Maior ainda é a liberdade de agir com autonomia, sem ser impulsionada automaticamente pela dor.
Honro, neste domingo azul, cada um dos meus vincos internos que me trouxeram até aqui. E sigo traçando o caminho intricado que eles delineiam. Aprecio, cada vez mais, o produto final.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.
<span class="abre-texto">Quando as pessoas me conhecem</span>, veem minha imagem no presente e interpretam (mesmo inconscientemente) meus gestos, sons e expressões. Minha história está ali, precisamente naqueles gestos, sons e expressões – e em muitos outros aspectos ocultos, dos quais não me recordo.
Esse conjunto que se apresenta é uma espécie de “produto final”, formado a partir de incontáveis marcas e vincos. Quem observa a imagem, contudo, não pode adivinhar as marcas.
Cada instante da existência deixa sua dobra, como no origami, cuja forma final bela e simétrica oculta inúmeras etapas de preparação invisíveis. O resultado final que é notado, qualificado e admirado é sustentado por pilares invisíveis.
O reflexo que observo no espelho, ainda hoje, com tantos anos transcorridos, ainda esconde histórias que provavelmente desconhecerei.
Em nós, seres humanos, esses vincos podem ser fruto de uma simples experiência ou vestígio de algum trauma. Nosso cérebro, por meio do impulso poderoso da sobrevivência, muitas vezes oculta profundamente no esquecimento os eventos que geraram as marcas.
Os comportamentos adquiridos como reação aos vincos persistem, influenciando os relacionamentos.
A cegueira em relação às cicatrizes não impede o surgimento da dor. Que frequentemente aparece, aparentemente sem motivo. Essa dor origina comportamentos de sobrevivência, que, desatualizados, são inapropriados para a gestão da realidade concreta do presente.
Faz parte do autocuidado identificar as cicatrizes e, na medida do possível, buscar compreender sua origem, entender os impactos delas e optar por experimentar comportamentos alternativos.
Houve um momento em que precisei, com compaixão pela minha Criança interior, compreender e perdoar aos adultos que de algum modo marcaram dolorosamente minha memória. Esse processo de busca me levou a encontrar outros adultos que marcaram minha experiência com afeto e validação.
Hoje, aos meus vincos internos somaram-se os vincos da idade. Cada vez mais entendo, percebo e sinto ter maior amplitude para decidir, perdoar ou agradecer. Maior ainda é a liberdade de agir com autonomia, sem ser impulsionada automaticamente pela dor.
Honro, neste domingo azul, cada um dos meus vincos internos que me trouxeram até aqui. E sigo traçando o caminho intricado que eles delineiam. Aprecio, cada vez mais, o produto final.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.