Durante a licenciatura em Artes Visuais, os acadêmicos têm contato com diversas técnicas de produção artística experimentando processos de criação em formatos tradicionais e contemporâneos. A estrutura do ateliê facilita esse processo fornecendo um ambiente propício ao desenvolvimento de projetos criativos e a troca de experiências.
No entanto, ao finalizarem a graduação e ingressarem na sala de aula como professores, frequentemente enfrentam uma realidade completamente diferente. Sem a estrutura e os materiais necessários, acabam recorrendo ao desenho no caderno ou a outras formas mais simples de expressão artística. Essa diferença entre a formação inicial e a prática costuma ser desafiadora para os professores e muitas vezes frustrante para os seus alunos, que não conseguem acessar as outras possibilidades de expressão artística.
Neste texto, destacamos a gravura como uma das técnicas que, como professores de artes, enfrentamos particularmente esse desafio. E, também, discutiremos alternativas para que a gravura chegue na escola.
A ausência da prensa e de tintas próprias, juntamente com os riscos associados ao uso de goivas podem impor limitações significativas no ensino de gravura. Contudo, existem maneiras criativas de superar esses obstáculos e proporcionar experiências enriquecedoras de impressão das artes na escola.
Ao discutirmos o ensino de arte no século XXI, ressaltamos a importância de pensar métodos alternativos de criação, o que significa nos alinharmos à expansão conceitual da arte contemporânea. Nesse sentido, fazer gravura já não se restringe a trabalhar com madeira ou metal, nem se limita a tintas ou métodos específicos de impressão. Existe uma ampla gama de possibilidades para criar múltiplos materiais que podem ser muito interessantes.
Em minha experiência como professora já recorri à tradicional isogravura - que utiliza o isopor como suporte; gravamos com as próprias mãos e pés e com objetos do dia a dia; a impressão botânica - a partir de folhas de árvores; bem como já produzimos com matrizes em fio, EVA, papelão, cortiça, entre outros materiais. Sem falar na multiplicidade de suportes possíveis, além da folha A4, podem ser explorados tecidos ou o próprio papel kraft, que permite dimensões maiores.
E se ao final recortarmos e reorganizarmos a imagem? E se combinarmos diferentes técnicas de impressão? E se integrarmos a impressão de desenhos digitais ou cópias? E se explorarmos a ideia de múltiplo dentro da mesma obra? Ao pensar possibilidades ampliadas de gravura e desafiarmos suas fronteiras tradicionais, conseguimos também torná-la acessível a todas as faixas etárias e aos mais diversos espaços.
Sobre o ensino de gravura por meio de métodos alternativos, é importante trazer a memória a professora espanhola Letícia Fayos Bosch (2020, p. 108, tradução livre) afirmando que:
O objetivo é desenvolver a criatividade, mas também a curiosidade, dar a eles a liberdade de cometer erros e tentar novamente, gerar resistência à frustração e desenvolver gradualmente a concentração e o interesse em exercícios práticos em um nível plástico.
Essa postura é importante para que professores e alunos mantenham um olhar aberto para o novo e consigam descobrir novas maneiras de expressar suas ideias. Além disso, enfrentar desafios, valorizar as descobertas e tolerar os erros costumam ser valores importantes, tanto para a aprendizagem significativa quanto para a vida cotidiana.
Em última análise, ressaltamos que tal postura não significa se conformar com o que temos, mas trabalharmos a partir disso e nos engajarmos na luta por recursos adequados para que nossos alunos possam se desenvolver de maneira plena.
Essa abordagem beneficia a comunidade escolar atual e prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo, para além da sala de aula, capacitando-os a serem agentes de mudança e progresso em suas comunidades.
Por Julia Pereira de Souza.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Durante a licenciatura em Artes Visuais, os acadêmicos têm contato com diversas técnicas de produção artística experimentando processos de criação em formatos tradicionais e contemporâneos. A estrutura do ateliê facilita esse processo fornecendo um ambiente propício ao desenvolvimento de projetos criativos e a troca de experiências.
No entanto, ao finalizarem a graduação e ingressarem na sala de aula como professores, frequentemente enfrentam uma realidade completamente diferente. Sem a estrutura e os materiais necessários, acabam recorrendo ao desenho no caderno ou a outras formas mais simples de expressão artística. Essa diferença entre a formação inicial e a prática costuma ser desafiadora para os professores e muitas vezes frustrante para os seus alunos, que não conseguem acessar as outras possibilidades de expressão artística.
Neste texto, destacamos a gravura como uma das técnicas que, como professores de artes, enfrentamos particularmente esse desafio. E, também, discutiremos alternativas para que a gravura chegue na escola.
A ausência da prensa e de tintas próprias, juntamente com os riscos associados ao uso de goivas podem impor limitações significativas no ensino de gravura. Contudo, existem maneiras criativas de superar esses obstáculos e proporcionar experiências enriquecedoras de impressão das artes na escola.
Ao discutirmos o ensino de arte no século XXI, ressaltamos a importância de pensar métodos alternativos de criação, o que significa nos alinharmos à expansão conceitual da arte contemporânea. Nesse sentido, fazer gravura já não se restringe a trabalhar com madeira ou metal, nem se limita a tintas ou métodos específicos de impressão. Existe uma ampla gama de possibilidades para criar múltiplos materiais que podem ser muito interessantes.
Em minha experiência como professora já recorri à tradicional isogravura - que utiliza o isopor como suporte; gravamos com as próprias mãos e pés e com objetos do dia a dia; a impressão botânica - a partir de folhas de árvores; bem como já produzimos com matrizes em fio, EVA, papelão, cortiça, entre outros materiais. Sem falar na multiplicidade de suportes possíveis, além da folha A4, podem ser explorados tecidos ou o próprio papel kraft, que permite dimensões maiores.
E se ao final recortarmos e reorganizarmos a imagem? E se combinarmos diferentes técnicas de impressão? E se integrarmos a impressão de desenhos digitais ou cópias? E se explorarmos a ideia de múltiplo dentro da mesma obra? Ao pensar possibilidades ampliadas de gravura e desafiarmos suas fronteiras tradicionais, conseguimos também torná-la acessível a todas as faixas etárias e aos mais diversos espaços.
Sobre o ensino de gravura por meio de métodos alternativos, é importante trazer a memória a professora espanhola Letícia Fayos Bosch (2020, p. 108, tradução livre) afirmando que:
O objetivo é desenvolver a criatividade, mas também a curiosidade, dar a eles a liberdade de cometer erros e tentar novamente, gerar resistência à frustração e desenvolver gradualmente a concentração e o interesse em exercícios práticos em um nível plástico.
Essa postura é importante para que professores e alunos mantenham um olhar aberto para o novo e consigam descobrir novas maneiras de expressar suas ideias. Além disso, enfrentar desafios, valorizar as descobertas e tolerar os erros costumam ser valores importantes, tanto para a aprendizagem significativa quanto para a vida cotidiana.
Em última análise, ressaltamos que tal postura não significa se conformar com o que temos, mas trabalharmos a partir disso e nos engajarmos na luta por recursos adequados para que nossos alunos possam se desenvolver de maneira plena.
Essa abordagem beneficia a comunidade escolar atual e prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo, para além da sala de aula, capacitando-os a serem agentes de mudança e progresso em suas comunidades.
Por Julia Pereira de Souza.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.