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Opinião

Desconectar para conectar: caminhos para um estilo de vida saudável

A importância de equilibrar tecnologia, atividade física e momentos ao ar livre para um estilo de vida saudável.A importância de equilibrar tecnologia, atividade física e momentos ao ar livre para um estilo de vida saudável.
Arte Cidade Capital
/
Adobe Firefly

<span class="abre-texto">Semana passada, falamos um pouco</span> sobre a conexão de atividade física, tecnologia e natureza. Especificamente, de como a tecnologia pode ser usada para monitorar a prática de atividades físicas ao ar livre, como aplicativos de rastreamento de exercícios. Não podemos negar que a tecnologia veio para somar à vida moderna. Mas chegou a hora de falarmos um pouco da importância da desconexão.

Em quantas situações vocês já se depararam com um grupo de pessoas que, ao invés de conversar, estão no celular, conversando virtualmente, ou fazendo qualquer outra coisa que está bem longe dali, e deixando de viver aquele momento de troca presencial?

Outra situação que ocorre comigo regularmente, como costumo usar muito a bicicleta para me deslocar no meu dia, eu me deparo com pessoas caminhando, olhando para os celulares, sem nem prestar atenção em um buraco da calçada.

Percebam o quanto isso nos desconecta da vida real e do que está acontecendo no momento presente. Confesso que já quase atropelei algumas delas (eu disse quase), e isso somente não ocorreu porque, enquanto ciclista consciente, tenho que estar atento a tudo que ocorre à minha volta.

Com toda certeza, entendemos que a tecnologia é importante para nós. Mas também devemos nos conscientizar de quanto é prejudicial se utilizar dela por um longo período, e o principal caso é o uso do celular. Como a posição que mantemos nossa cabeça para utilizá-lo; a luminosidade da tela; e a quantidade de informações que recebemos a todo momento.

Se não tivermos controle do uso, muito provavelmente começaremos a ter problemas ligados ao excesso de tecnologia.

Mudando de saco para mala, como dizem por aí, nada que uma boa dose de atividade física, natureza, e equilíbrio resolvam. Sim, equilíbrio é uma palavra que está na moda, e por que não aproveitamos e fazemos parte disso também? Eu não entendo muito de moda, mas entendo um pouco sobre como tentar equilibrar essas variáveis. Preciso contar um segredo para vocês: “estou escrevendo esse artigo, e meu smartwatch tecnológico (risos), me mandou levantar um pouco, porque já estou muito tempo sentado”. Pronto, me levantei, tomei uma água, e voltei.

Para ilustrar melhor, vou citar uma fábula que ouvi quando fui fazer meu primeiro Ironman (Triathlon de longa distância: 3,8 km de natação, 180 km de bike, 42,195 km correndo), em 2009. Recebi um e-mail da organização da prova que tinha um vídeo de um triatleta profissional, trazendo uma reflexão muito legal. Ele contou a fábula de uma pessoa que perguntou a um monge: “Qual é o segredo para ser um monge e ter essa plenitude?”. O monge respondeu: “Nós andamos, nós sentamos, e nós comemos”. E a pessoa pergunta: “E qual o segredo disso?”. E o monge responde: “Quando andamos, nós realmente andamos. Quando sentamos, nós realmente sentamos. E quando comemos, nós realmente comemos”. E, ao final do vídeo, ele complementou com relação ao desafio que teríamos pela frente: “Quando for nadar, nade; quando for pedalar, pedale; quando for correr, corra. Tudo ao seu tempo!”.

E, traçando um paralelo com nosso artigo, devemos entender como é importante viver o momento. Então, quando for para contemplar a natureza, contemple. Quando for para estar com as pessoas, aproveite ao máximo o momento com elas. Quando for fazer atividade física, faça focado no seu treino. E quando precisar usar a tecnologia, use. De forma saudável, sem que ela exceda ou consuma a sua vida. Viver é momento, e os bons momentos ficam guardados.

Última atualização
26/3/2024 11:36
Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

Opinião

Desconectar para conectar: caminhos para um estilo de vida saudável

A importância de equilibrar tecnologia, atividade física e momentos ao ar livre para um estilo de vida saudável.A importância de equilibrar tecnologia, atividade física e momentos ao ar livre para um estilo de vida saudável.
Arte Cidade Capital
/
Adobe Firefly
Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.

Desconectar para conectar: caminhos para um estilo de vida saudável

<span class="abre-texto">Semana passada, falamos um pouco</span> sobre a conexão de atividade física, tecnologia e natureza. Especificamente, de como a tecnologia pode ser usada para monitorar a prática de atividades físicas ao ar livre, como aplicativos de rastreamento de exercícios. Não podemos negar que a tecnologia veio para somar à vida moderna. Mas chegou a hora de falarmos um pouco da importância da desconexão.

Em quantas situações vocês já se depararam com um grupo de pessoas que, ao invés de conversar, estão no celular, conversando virtualmente, ou fazendo qualquer outra coisa que está bem longe dali, e deixando de viver aquele momento de troca presencial?

Outra situação que ocorre comigo regularmente, como costumo usar muito a bicicleta para me deslocar no meu dia, eu me deparo com pessoas caminhando, olhando para os celulares, sem nem prestar atenção em um buraco da calçada.

Percebam o quanto isso nos desconecta da vida real e do que está acontecendo no momento presente. Confesso que já quase atropelei algumas delas (eu disse quase), e isso somente não ocorreu porque, enquanto ciclista consciente, tenho que estar atento a tudo que ocorre à minha volta.

Com toda certeza, entendemos que a tecnologia é importante para nós. Mas também devemos nos conscientizar de quanto é prejudicial se utilizar dela por um longo período, e o principal caso é o uso do celular. Como a posição que mantemos nossa cabeça para utilizá-lo; a luminosidade da tela; e a quantidade de informações que recebemos a todo momento.

Se não tivermos controle do uso, muito provavelmente começaremos a ter problemas ligados ao excesso de tecnologia.

Mudando de saco para mala, como dizem por aí, nada que uma boa dose de atividade física, natureza, e equilíbrio resolvam. Sim, equilíbrio é uma palavra que está na moda, e por que não aproveitamos e fazemos parte disso também? Eu não entendo muito de moda, mas entendo um pouco sobre como tentar equilibrar essas variáveis. Preciso contar um segredo para vocês: “estou escrevendo esse artigo, e meu smartwatch tecnológico (risos), me mandou levantar um pouco, porque já estou muito tempo sentado”. Pronto, me levantei, tomei uma água, e voltei.

Para ilustrar melhor, vou citar uma fábula que ouvi quando fui fazer meu primeiro Ironman (Triathlon de longa distância: 3,8 km de natação, 180 km de bike, 42,195 km correndo), em 2009. Recebi um e-mail da organização da prova que tinha um vídeo de um triatleta profissional, trazendo uma reflexão muito legal. Ele contou a fábula de uma pessoa que perguntou a um monge: “Qual é o segredo para ser um monge e ter essa plenitude?”. O monge respondeu: “Nós andamos, nós sentamos, e nós comemos”. E a pessoa pergunta: “E qual o segredo disso?”. E o monge responde: “Quando andamos, nós realmente andamos. Quando sentamos, nós realmente sentamos. E quando comemos, nós realmente comemos”. E, ao final do vídeo, ele complementou com relação ao desafio que teríamos pela frente: “Quando for nadar, nade; quando for pedalar, pedale; quando for correr, corra. Tudo ao seu tempo!”.

E, traçando um paralelo com nosso artigo, devemos entender como é importante viver o momento. Então, quando for para contemplar a natureza, contemple. Quando for para estar com as pessoas, aproveite ao máximo o momento com elas. Quando for fazer atividade física, faça focado no seu treino. E quando precisar usar a tecnologia, use. De forma saudável, sem que ela exceda ou consuma a sua vida. Viver é momento, e os bons momentos ficam guardados.

Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.
Última atualização
26/3/2024 11:36

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Eu e minhas circunstâncias à busca de propósito

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

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