Corrida para a Prefeitura de Curitiba

Opinião

Além das expectativas, a busca pela satisfação própria

A jornada de autoconhecimento e valorização das próprias conquistas diante das expectativas e pressões externas.A jornada de autoconhecimento e valorização das próprias conquistas diante das expectativas e pressões externas.
Vinícius Sgarbe
/
Adobe Firefly

<span class="abre-texto">Hoje, escolhi compartilhar com vocês</span> algo que faz parte da minha batalha diária comigo mesma. Você já se viu se cobrando por ações e resultados inatingíveis? Ou por entregas excepcionais atreladas a capacidades que talvez você não tenha como ponto forte? Já se viu fazendo coisas e depois refletindo que este ato estava tão desconectado de você mesmo? É sobre isso...

É sobre os pedaços de nós mesmos que deixamos de lado para caber na realidade do outro... é sobre os momentos em que não conseguimos nos encontrar, entender o que nos deixa feliz, o que faz nos conectarmos com as nossas próprias forças e o melhor de nós.

Falas externas às vezes ressoam com a percepção de nós mesmos de que seremos amados ou aceitos no ambiente se formos bons o suficiente. A grande questão é: o que é ser bom o suficiente? Pois o suficiente para mim pode ser diferente do que é suficiente para o outro.

Ao entrar em contato com isso, me recordo de algumas falas comuns que ouvimos desde a infância até a idade adulta nos diferentes ambientes: “não fez mais que a obrigação”, “você é pago(a) para isso”, “você devia ter tirado 10, só estuda”, “atingimos 90% do resultado e deveríamos ter chegado a 100%”, “você precisa desenvolver suas fraquezas/seus gaps”... e por aí vai. Palavras de um adulto bem-intencionado, com potencial estrago. Se o foco está na falta, na fraqueza, no insucesso, certamente não atingiremos o resultado esperado.

É impossível sermos bons e perfeitos em todas as ciências da vida, agradar todas as pessoas ao nosso redor é uma tarefa interminável e que pode nos levar à exaustão e desconexão conosco. Não merecemos nos quebrar, deixar a nossa essência e as forças de lado para caber no mundo de expectativas do outro.

Quando acolhemos a nossa humanidade, nos conectamos com aquilo em que somos bons, reconhecemos as pequenas e grandes conquistas, identificamos qual é o nosso lugar de sucesso e o que nos fortalece, temos condições de lidar com essas vozes internas (e externas) que nos dizem que “não está bom o suficiente”.

Pensando nisso, gostaria de lhe convidar a um desafio: registrar diariamente de uma maneira que te ajude a lembrar, todas as coisas boas que você faz, as pequenas e grandes conquistas, no que você é bom, em que aspectos da vida você é procurado por outras pessoas para apoiar ou emitir opinião, os desafios que você deu conta de superar, os teus propósitos e sonhos.

Pensar nesses aspectos nos ajuda a fortalecer a conexão conosco, onde somos bons e o que nos mobiliza. Quanto mais fortalecemos a visão de nós mesmos em nosso diálogo interno, menos as falas das outras pessoas nos desestruturarão e poderemos concretizar em nós mesmos a certeza de que estamos fazendo um bom trabalho para dar conta de todo e qualquer desafio diário que somos expostos.

Te convido a caminhar comigo neste desafio de reconhecer diariamente as nossas forças e as forças das pessoas que estão próximas. Este movimento pode fazer a diferença na nossa vida e nas nossas relações. Ao invés de nos relacionarmos pela falta ou pela insuficiência, mudamos o foco para o que demos conta e qual o próximo passo para seguirmos conquistando a melhor versão de nós mesmos. Vamos juntos?

Última atualização
29/3/2024 16:45
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

Opinião

Além das expectativas, a busca pela satisfação própria

A jornada de autoconhecimento e valorização das próprias conquistas diante das expectativas e pressões externas.A jornada de autoconhecimento e valorização das próprias conquistas diante das expectativas e pressões externas.
Vinícius Sgarbe
/
Adobe Firefly
Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.

Além das expectativas, a busca pela satisfação própria

<span class="abre-texto">Hoje, escolhi compartilhar com vocês</span> algo que faz parte da minha batalha diária comigo mesma. Você já se viu se cobrando por ações e resultados inatingíveis? Ou por entregas excepcionais atreladas a capacidades que talvez você não tenha como ponto forte? Já se viu fazendo coisas e depois refletindo que este ato estava tão desconectado de você mesmo? É sobre isso...

É sobre os pedaços de nós mesmos que deixamos de lado para caber na realidade do outro... é sobre os momentos em que não conseguimos nos encontrar, entender o que nos deixa feliz, o que faz nos conectarmos com as nossas próprias forças e o melhor de nós.

Falas externas às vezes ressoam com a percepção de nós mesmos de que seremos amados ou aceitos no ambiente se formos bons o suficiente. A grande questão é: o que é ser bom o suficiente? Pois o suficiente para mim pode ser diferente do que é suficiente para o outro.

Ao entrar em contato com isso, me recordo de algumas falas comuns que ouvimos desde a infância até a idade adulta nos diferentes ambientes: “não fez mais que a obrigação”, “você é pago(a) para isso”, “você devia ter tirado 10, só estuda”, “atingimos 90% do resultado e deveríamos ter chegado a 100%”, “você precisa desenvolver suas fraquezas/seus gaps”... e por aí vai. Palavras de um adulto bem-intencionado, com potencial estrago. Se o foco está na falta, na fraqueza, no insucesso, certamente não atingiremos o resultado esperado.

É impossível sermos bons e perfeitos em todas as ciências da vida, agradar todas as pessoas ao nosso redor é uma tarefa interminável e que pode nos levar à exaustão e desconexão conosco. Não merecemos nos quebrar, deixar a nossa essência e as forças de lado para caber no mundo de expectativas do outro.

Quando acolhemos a nossa humanidade, nos conectamos com aquilo em que somos bons, reconhecemos as pequenas e grandes conquistas, identificamos qual é o nosso lugar de sucesso e o que nos fortalece, temos condições de lidar com essas vozes internas (e externas) que nos dizem que “não está bom o suficiente”.

Pensando nisso, gostaria de lhe convidar a um desafio: registrar diariamente de uma maneira que te ajude a lembrar, todas as coisas boas que você faz, as pequenas e grandes conquistas, no que você é bom, em que aspectos da vida você é procurado por outras pessoas para apoiar ou emitir opinião, os desafios que você deu conta de superar, os teus propósitos e sonhos.

Pensar nesses aspectos nos ajuda a fortalecer a conexão conosco, onde somos bons e o que nos mobiliza. Quanto mais fortalecemos a visão de nós mesmos em nosso diálogo interno, menos as falas das outras pessoas nos desestruturarão e poderemos concretizar em nós mesmos a certeza de que estamos fazendo um bom trabalho para dar conta de todo e qualquer desafio diário que somos expostos.

Te convido a caminhar comigo neste desafio de reconhecer diariamente as nossas forças e as forças das pessoas que estão próximas. Este movimento pode fazer a diferença na nossa vida e nas nossas relações. Ao invés de nos relacionarmos pela falta ou pela insuficiência, mudamos o foco para o que demos conta e qual o próximo passo para seguirmos conquistando a melhor versão de nós mesmos. Vamos juntos?

Carolina Schmitz da Silva
Head Administrativo no Instituto MIR. Mentora Integrativa Relacional Educadora e Supervisora, Analista Transacional Certificada para as áreas organizacional e educacional e Membro Didata em formação– UNAT Brasil, Psicóloga CRP 08/14963, especialista em desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas. Pesquisadora do comportamento humano, autora de artigos/livro publicados sobre o tema.
Última atualização
29/3/2024 16:45

Compreender o passado ajuda a construir um presente consciente

Eu e minhas circunstâncias à busca de propósito

Maku de Almeida
19/5/2024 16:26

Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.

A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".

Preparar panquecas e viver é uma receita de amor e paciência

Jane Hir
19/5/2024 16:08

Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.

Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.

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