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Opinião

Abelhas focam em possibilidades e cooperação, enquanto moscas são obstinadas por dejetos

Explore a metáfora de abelhas e moscas na vida humana, e a importância de uma visão positiva para a cooperação e crescimento coletivo.Explore a metáfora de abelhas e moscas na vida humana, e a importância de uma visão positiva para a cooperação e crescimento coletivo.
Vinícius Sgarbe
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Adobe Firefly
Maku de Almeida

<span class="abre-texto">Uma abelha observa maravilhada</span> as possibilidades que um roseiral lhe apresenta: flores e o néctar que, colhido, entra no circuito colaborativo da produção de mel. Viver entre seres humanos e, principalmente, trabalhar com eles exige esse olhar de abelha. Desde o início, nos primeiros olhares, nos primeiros diálogos, surgem possibilidades e alternativas. O foco é um só: as possibilidades.

Entretanto, convivemos em um mundo onde proliferam os olhares de mosca. Embora natural para a mosca, o foco no esterco representa para os humanos um padrão destrutivo. Esse olhar seleciona meticulosamente os aspectos construtivos, para em seguida descartá-los, enfatizando a destruição e a decomposição moral e humanística. Com um viés contaminado, obsessão por defeitos, perversões e ruínas se instala.

Neste momento, manifesto solidariedade à mosca, pedindo desculpas pelo uso indelicado de sua estratégia de sobrevivência como metáfora. Feita a reparação, prosseguimos, aproveitando para lembrar ao leitor que o mesmo se aplica à abelha: trata-se apenas de uma (excelente) metáfora.

Quem adota o olhar das abelhas encontra alicerces para iniciativas construtivas. Valoriza as cores, a beleza, a abundância de recursos disponíveis para a coletividade – recursos que, coletados, são compartilhados com o grupo, o qual, por sua vez, executa as ações necessárias.

Ao avaliar a realidade objetivamente, está-se apto a expandir a visão a cada saída a campo. Aliás, é essencial expandir o horizonte, o que pode significar o acesso a mais e melhores recursos. Observa-se de uma perspectiva ampla, planeja-se, estrategia-se e executa-se a coleta.

Os seres com o olhar de abelha se destacam por compartilharem direções e recursos. Quando olham de maneira construtiva, não sentem a necessidade de reter tudo para si. Compreendem que, além do horizonte, há mais a ser descoberto. Ao agir positivamente, sobra-lhes escasso tempo para criticar ações alheias.

Por outro lado, aqueles que cultivam o olhar de mosca especializam-se em identificar falhas, defeitos, problemas e intenções duvidosas. Ou seja, fixam-se nos detritos da existência. Semelhantes a engenheiros de estruturas já concluídas e descontentes com suas vidas, focam-se em averiguar na vida alheia o que julgam ser a "normalidade".

Vestindo muitas vezes a luz e a cor de sombras, transformam possibilidades em obstáculos, tentativas em prejuízos. Com o olhar deteriorado pelo cotidiano, e cabeças inclinadas focadas no chão, irritam-se ao ver os seres com o olhar de abelha realizando inúmeros projetos, festejando.

Creio que muitos seres com o olhar de abelha, após serem alvo dos seres com o olhar de mosca, desistiram. Perderam o brilho, a melodia, a alegria. Seguem uma trajetória incolor. Pobres seres mosca! Isolados, conformados e silenciosos. Desanimados, esquecem-se das demais possibilidades e se habituam a uma jornada restrita.

O pescoço, acostumado a inclinar-se para o chão, perde a flexibilidade, não permitindo mais a contemplação do horizonte e, em um esforço de sobrevivência, rejeita-o. O olfato, habituado ao fétido, já não distingue os aromas aprazíveis, privando-se dos prazeres simples de encontros e refeições. Os seres mosca, exasperados, anseiam por destruir. E destroem. Desejam que o mundo espelhe sua visão distorcida.

Defendo que não devemos desistir nem perder o olhar de admiração. Necessitamos ser compassivos, respeitar a dor dos olhares mosca, mas não nos deixar subjugar por eles.

Última atualização
14/11/2023 10:17
Maku de Almeida
Analista transacional. É a colunista decana deste veículo.

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.

Opinião

Abelhas focam em possibilidades e cooperação, enquanto moscas são obstinadas por dejetos

Explore a metáfora de abelhas e moscas na vida humana, e a importância de uma visão positiva para a cooperação e crescimento coletivo.Explore a metáfora de abelhas e moscas na vida humana, e a importância de uma visão positiva para a cooperação e crescimento coletivo.
Vinícius Sgarbe
/
Adobe Firefly
Maku de Almeida
Analista transacional. É a colunista decana deste veículo.
5/11/2023 15:09
Maku de Almeida

Abelhas focam em possibilidades, enquanto moscas em dejetos

<span class="abre-texto">Uma abelha observa maravilhada</span> as possibilidades que um roseiral lhe apresenta: flores e o néctar que, colhido, entra no circuito colaborativo da produção de mel. Viver entre seres humanos e, principalmente, trabalhar com eles exige esse olhar de abelha. Desde o início, nos primeiros olhares, nos primeiros diálogos, surgem possibilidades e alternativas. O foco é um só: as possibilidades.

Entretanto, convivemos em um mundo onde proliferam os olhares de mosca. Embora natural para a mosca, o foco no esterco representa para os humanos um padrão destrutivo. Esse olhar seleciona meticulosamente os aspectos construtivos, para em seguida descartá-los, enfatizando a destruição e a decomposição moral e humanística. Com um viés contaminado, obsessão por defeitos, perversões e ruínas se instala.

Neste momento, manifesto solidariedade à mosca, pedindo desculpas pelo uso indelicado de sua estratégia de sobrevivência como metáfora. Feita a reparação, prosseguimos, aproveitando para lembrar ao leitor que o mesmo se aplica à abelha: trata-se apenas de uma (excelente) metáfora.

Quem adota o olhar das abelhas encontra alicerces para iniciativas construtivas. Valoriza as cores, a beleza, a abundância de recursos disponíveis para a coletividade – recursos que, coletados, são compartilhados com o grupo, o qual, por sua vez, executa as ações necessárias.

Ao avaliar a realidade objetivamente, está-se apto a expandir a visão a cada saída a campo. Aliás, é essencial expandir o horizonte, o que pode significar o acesso a mais e melhores recursos. Observa-se de uma perspectiva ampla, planeja-se, estrategia-se e executa-se a coleta.

Os seres com o olhar de abelha se destacam por compartilharem direções e recursos. Quando olham de maneira construtiva, não sentem a necessidade de reter tudo para si. Compreendem que, além do horizonte, há mais a ser descoberto. Ao agir positivamente, sobra-lhes escasso tempo para criticar ações alheias.

Por outro lado, aqueles que cultivam o olhar de mosca especializam-se em identificar falhas, defeitos, problemas e intenções duvidosas. Ou seja, fixam-se nos detritos da existência. Semelhantes a engenheiros de estruturas já concluídas e descontentes com suas vidas, focam-se em averiguar na vida alheia o que julgam ser a "normalidade".

Vestindo muitas vezes a luz e a cor de sombras, transformam possibilidades em obstáculos, tentativas em prejuízos. Com o olhar deteriorado pelo cotidiano, e cabeças inclinadas focadas no chão, irritam-se ao ver os seres com o olhar de abelha realizando inúmeros projetos, festejando.

Creio que muitos seres com o olhar de abelha, após serem alvo dos seres com o olhar de mosca, desistiram. Perderam o brilho, a melodia, a alegria. Seguem uma trajetória incolor. Pobres seres mosca! Isolados, conformados e silenciosos. Desanimados, esquecem-se das demais possibilidades e se habituam a uma jornada restrita.

O pescoço, acostumado a inclinar-se para o chão, perde a flexibilidade, não permitindo mais a contemplação do horizonte e, em um esforço de sobrevivência, rejeita-o. O olfato, habituado ao fétido, já não distingue os aromas aprazíveis, privando-se dos prazeres simples de encontros e refeições. Os seres mosca, exasperados, anseiam por destruir. E destroem. Desejam que o mundo espelhe sua visão distorcida.

Defendo que não devemos desistir nem perder o olhar de admiração. Necessitamos ser compassivos, respeitar a dor dos olhares mosca, mas não nos deixar subjugar por eles.

Maku de Almeida
Analista transacional. É a colunista decana deste veículo.
Última atualização
14/11/2023 10:17

Expansão da soja no Brasil atinge 40 milhões de hectares em 38 anos

Redação Cidade Capital
6/12/2024 10:16

A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país. 

Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.

Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil

Redação Cidade Capital
5/12/2024 10:25

O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.

A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.