<span class="abre-texto">Nos meus quarenta</span> anos de atuação profissional vivenciei altos e baixos na vida pública e privada. A luta de sindicatos, associação científica, nossos professores e lideranças nos anos 80 sinalizavam que a condução da nossa autarquia federal na época era no mínimo equivocada. Aquilo que muitos dos colegas da categoria consideravam “ruído” entre a Aben e Cofen se demonstrou com o passar do tempo um movimento antidemocrático que primava em dificultar a participação dos inscritos no processo eleitoral dos regionais e federal de forma que sempre o mesmo grupo se mantivesse no poder.
Na época sequer sabíamos quando aconteceria o processo eleitoral, pois a publicização ocorria somente por meio do Edital publicado no Diário Oficial da União, bem como as regras do Código Eleitoral em nada colaboravam para que novos colegas se somassem à experiência dos colegas da autarquia, visando a formação de novas lideranças.
Tal estratégia gerou de maneira expressiva a prática da intervenção nos conselhos, ou seja, o grupo ganhava a eleição, mas não levava, e por conta disso a autarquia federal nomeava profissionais da confiança dele para dirigir os regionais. O Paraná foi um dos últimos estados a sofrer a intervenção. A permanência do mesmo grupo na autarquia federal e regional por décadas gerou o afastamento da categoria, descrédito dos inscritos, serviços de saúde, autoridades, espaços políticos, bem como das entidades de classe e sindicatos que discordavam frontalmente com a condução da autarquia e, sempre que possível, denunciavam em espaços próprios a prática antidemocrática adotada pelo sistema.
As denúncias de irregularidades de desvio de verbas (cerca de R$ 100 milhões), apropriação de bens, falsificação de documentos e de manipulação das eleições no sistema aconteciam desde 1993. A partir de 1999 a categoria passou aguardar o julgamento relativo ao homicídio covarde do casal de enfermeiros e lideranças Edma Valadão (presidente do Sindicatos dos Enfermeiros no Rio de Janeiro) e Marcos Otavio Valadão (presidente da Seção Aben do mesmo estado), responsáveis pela formalização das denúncias contra o sistema junto à Polícia Federal e assassinados a caminho da 3° Conferência Estadual de Saúde no Rio. O julgamento dos assassinatos de Edma e Marcos Otavio Valadão foi agendado somente em 2022.
Somente em 2005, a Operação Predador ocorrida no Rio de Janeiro, sede da autarquia federal, levou a julgamento o Sr. Gilberto Linhares (ex-presidente), sua esposa e mais 15 envolvidos. Em abril de 2006, especificamente, o ex-presidente do Cofen foi condenado a 19 anos 8 meses de prisão. Em 2007, o Sr. Gilberto Linhares foi beneficiado pela decisão da 5° Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que anulou os laudos dos peritos da PF beneficiando o condenado.
Em 2007, movimentos democráticos proativos exercidos por lideranças da enfermagem reaproximam nossas entidades de classe, autarquia e sindicatos. De lá para cá muita coisa mudou e outras certamente precisam mudar, pois o processo pede dinamicidade.
Meu envolvimento com as questões que afetavam diretamente a categoria se consolida durante todo este movimento que direta ou indiretamente tive a ousadia e honra de participar. Qual minha surpresa ao me deparar que em pleno século XXI, ano de 2023, o direito de participação do processo eleitoral no Paraná está sendo cerceado de maneira grotesca, ou melhor, de forma desqualificada e irresponsável, no qual a postura adotada pela atual Comissão Eleitoral fere o Código de Ética, bem como o novo Código Eleitoral.
Inaceitável que em novos tempos as velhas práticas retornem, especificamente, a manutenção do poder a qualquer custo. Esclareço que como inscrita remida do conselho não encontrei em nenhum momento de forma ampla, acadêmica e irrestrita as devidas informações relativas ao processo eleitoral do corrente ano.
A falta de isonomia no tratamento com os documentos exigidos pelo Código Eleitoral apresentados pelas chapas inscritas é simplesmente vergonhosa, humilhante e descabida. Toda negativa considerada pela atual Comissão Eleitoral para as duas outras chapas concorrentes inscritas foi desconsiderada pela mesma Comissão que beneficiou somente a Chapa 1 que tem entre seus membros a atual presidente, o primeiro secretário e três conselheiros.
Na sexta feira, 7 de julho, recursos impetrados pelos representantes das Chapa II e Chapa III deveriam ter sido julgados pela Plenária do Coren Paraná. A estratégia adotada pelo grupo foi gerar a falta de quórum de forma a demostrar a incapacidade de julgamento dos atuais conselheiros e assim remeter tal processo para análise e parecer do Conselho Federal.
Simplesmente inaceitável que o estado do Paraná, que está entre os cinco maiores conselhos regionais de enfermagem, e, em pleno 2023, tenha chapa única, composta pelos mesmos profissionais que demostram sistematicamente a falta de preparo para os cargos assumidos.
Enfermagem do Paraná, atualize sua carteira profissional, acompanhe e participe das eleições de 2023.
Juntos somos mais fortes, bem como nossas demandas não são e nunca foram somente salariais.
A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país.
Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.
O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.
A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.
<span class="abre-texto">Nos meus quarenta</span> anos de atuação profissional vivenciei altos e baixos na vida pública e privada. A luta de sindicatos, associação científica, nossos professores e lideranças nos anos 80 sinalizavam que a condução da nossa autarquia federal na época era no mínimo equivocada. Aquilo que muitos dos colegas da categoria consideravam “ruído” entre a Aben e Cofen se demonstrou com o passar do tempo um movimento antidemocrático que primava em dificultar a participação dos inscritos no processo eleitoral dos regionais e federal de forma que sempre o mesmo grupo se mantivesse no poder.
Na época sequer sabíamos quando aconteceria o processo eleitoral, pois a publicização ocorria somente por meio do Edital publicado no Diário Oficial da União, bem como as regras do Código Eleitoral em nada colaboravam para que novos colegas se somassem à experiência dos colegas da autarquia, visando a formação de novas lideranças.
Tal estratégia gerou de maneira expressiva a prática da intervenção nos conselhos, ou seja, o grupo ganhava a eleição, mas não levava, e por conta disso a autarquia federal nomeava profissionais da confiança dele para dirigir os regionais. O Paraná foi um dos últimos estados a sofrer a intervenção. A permanência do mesmo grupo na autarquia federal e regional por décadas gerou o afastamento da categoria, descrédito dos inscritos, serviços de saúde, autoridades, espaços políticos, bem como das entidades de classe e sindicatos que discordavam frontalmente com a condução da autarquia e, sempre que possível, denunciavam em espaços próprios a prática antidemocrática adotada pelo sistema.
As denúncias de irregularidades de desvio de verbas (cerca de R$ 100 milhões), apropriação de bens, falsificação de documentos e de manipulação das eleições no sistema aconteciam desde 1993. A partir de 1999 a categoria passou aguardar o julgamento relativo ao homicídio covarde do casal de enfermeiros e lideranças Edma Valadão (presidente do Sindicatos dos Enfermeiros no Rio de Janeiro) e Marcos Otavio Valadão (presidente da Seção Aben do mesmo estado), responsáveis pela formalização das denúncias contra o sistema junto à Polícia Federal e assassinados a caminho da 3° Conferência Estadual de Saúde no Rio. O julgamento dos assassinatos de Edma e Marcos Otavio Valadão foi agendado somente em 2022.
Somente em 2005, a Operação Predador ocorrida no Rio de Janeiro, sede da autarquia federal, levou a julgamento o Sr. Gilberto Linhares (ex-presidente), sua esposa e mais 15 envolvidos. Em abril de 2006, especificamente, o ex-presidente do Cofen foi condenado a 19 anos 8 meses de prisão. Em 2007, o Sr. Gilberto Linhares foi beneficiado pela decisão da 5° Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que anulou os laudos dos peritos da PF beneficiando o condenado.
Em 2007, movimentos democráticos proativos exercidos por lideranças da enfermagem reaproximam nossas entidades de classe, autarquia e sindicatos. De lá para cá muita coisa mudou e outras certamente precisam mudar, pois o processo pede dinamicidade.
Meu envolvimento com as questões que afetavam diretamente a categoria se consolida durante todo este movimento que direta ou indiretamente tive a ousadia e honra de participar. Qual minha surpresa ao me deparar que em pleno século XXI, ano de 2023, o direito de participação do processo eleitoral no Paraná está sendo cerceado de maneira grotesca, ou melhor, de forma desqualificada e irresponsável, no qual a postura adotada pela atual Comissão Eleitoral fere o Código de Ética, bem como o novo Código Eleitoral.
Inaceitável que em novos tempos as velhas práticas retornem, especificamente, a manutenção do poder a qualquer custo. Esclareço que como inscrita remida do conselho não encontrei em nenhum momento de forma ampla, acadêmica e irrestrita as devidas informações relativas ao processo eleitoral do corrente ano.
A falta de isonomia no tratamento com os documentos exigidos pelo Código Eleitoral apresentados pelas chapas inscritas é simplesmente vergonhosa, humilhante e descabida. Toda negativa considerada pela atual Comissão Eleitoral para as duas outras chapas concorrentes inscritas foi desconsiderada pela mesma Comissão que beneficiou somente a Chapa 1 que tem entre seus membros a atual presidente, o primeiro secretário e três conselheiros.
Na sexta feira, 7 de julho, recursos impetrados pelos representantes das Chapa II e Chapa III deveriam ter sido julgados pela Plenária do Coren Paraná. A estratégia adotada pelo grupo foi gerar a falta de quórum de forma a demostrar a incapacidade de julgamento dos atuais conselheiros e assim remeter tal processo para análise e parecer do Conselho Federal.
Simplesmente inaceitável que o estado do Paraná, que está entre os cinco maiores conselhos regionais de enfermagem, e, em pleno 2023, tenha chapa única, composta pelos mesmos profissionais que demostram sistematicamente a falta de preparo para os cargos assumidos.
Enfermagem do Paraná, atualize sua carteira profissional, acompanhe e participe das eleições de 2023.
Juntos somos mais fortes, bem como nossas demandas não são e nunca foram somente salariais.
A área destinada ao cultivo de soja no Brasil cresceu quase dez vezes entre 1985 e 2023, passando de 4,4 milhões para 40 milhões de hectares, o que corresponde a 14% de toda a área agropecuária do país.
Os dados divulgados pela rede MapBiomas nesta sexta-feira (6) mostram que, no período inicial analisado, de 1985 a 2008, a plantação de soja expandiu sobre 18 milhões de hectares, dos quais 30% (5,7 milhões de hectares) substituíram vegetação nativa e 26% (5 milhões de hectares) resultaram da conversão de pastagens.
O Pix, serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, segundo dados do estudo O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgado nesta quarta-feira (4). Após quatro anos de lançamento, a ferramenta supera as transações com dinheiro em espécie.
A pesquisa indica que o Pix é utilizado por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior frequência para 46% dos entrevistados. Em 2021, quando o serviço estava em operação havia poucos meses, a adesão era de 46%, mas apenas 17% o usavam com frequência.