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Opinião

Fake news: o desafio das democracias na era digital

Combate à fake news é crucial para proteger democracias da desinformação, violência e polarização.Combate à fake news é crucial para proteger democracias da desinformação, violência e polarização.
Nijwam Swargiar
/
Unsplash
Arilson Chiorato

Em tempos de internet e redes sociais, a informação se propaga à velocidade da luz. Mas, junto com a facilidade de acesso ao conhecimento, surge um perigo real: a proliferação de informações falsas, também conhecidas como fake news.

Essas notícias falsas, muitas vezes criadas e disseminadas com má intenção, podem ter um impacto devastador nas democracias. Elas podem manipular a opinião pública, erodir a confiança nas instituições e até mesmo incitar a violência, como temos presenciado dia após dia dentro do movimento bolsonarista.

Porém, antes de falar de 8 de janeiro de 2023, é importante lembrar que as fake news são empregadas há tempos. Na Alemanha nazista, Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, utilizou a mídia para manipular a opinião pública e incitar o ódio contra os judeus. A desinformação massiva vira verdade, comprovando a veracidade por trás da famosa frase de Goebbels: "Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”.

Um estudo recente da Universidade de Oxford revelou que as fake news são 70% mais propensas a serem compartilhadas nas redes sociais do que notícias verdadeiras. Imagine o estrago que esse tipo de informação falsa faz para uma pessoa, uma vez que o algoritmo direciona cada vez mais conteúdo semelhante? Podemos dizer que não se cria uma “bolha”, mas um “micromundo” à parte.

Sobre o episódio do dia 8 de janeiro, as informações falsas desempenharam papel crucial. Através de aplicativos de mensagens e redes sociais, uma horda de manifestantes radicais, incitados por meses de desinformação e teorias conspiratórias, invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em Brasília.

As fake news foram criadas para alimentar a narrativa de fraude eleitoral, para deslegitimar as instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que viraram alvos constantes de ataques nas redes sociais. Também incitaram a violência em diversos momentos, além do armamento da população.

Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou que 70% das fake news sobre as eleições de 2022 eram favoráveis a Jair Bolsonaro. Já uma pesquisa da Datafolha revelou que 38% dos brasileiros acreditavam em pelo menos uma fake news sobre as eleições.

Já percebemos que as fake news são verdadeiras bombas-relógio prontas para destruir democracias, mas não é impossível desarmá-las. Para o nosso bem e da democracia, inclusive do próximo processo eleitoral, será preciso responsabilizar quem produz e dissemina informações falsas, inclusive as plataformas também devem ser responsabilizadas, porque se não tomarmos medidas para mudar este cenário de desinformação, podemos ver o crescimento da polarização, da violência e do extremismo. É hora de agir! Todos nós temos a responsabilidade de proteger a nossa democracia e garantir que a verdade prevaleça.

Última atualização
19/2/2024 14:52

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.

Opinião

Fake news: o desafio das democracias na era digital

Combate à fake news é crucial para proteger democracias da desinformação, violência e polarização.Combate à fake news é crucial para proteger democracias da desinformação, violência e polarização.
Nijwam Swargiar
/
Unsplash

Fake news: o desafio das democracias na era digital

Em tempos de internet e redes sociais, a informação se propaga à velocidade da luz. Mas, junto com a facilidade de acesso ao conhecimento, surge um perigo real: a proliferação de informações falsas, também conhecidas como fake news.

Essas notícias falsas, muitas vezes criadas e disseminadas com má intenção, podem ter um impacto devastador nas democracias. Elas podem manipular a opinião pública, erodir a confiança nas instituições e até mesmo incitar a violência, como temos presenciado dia após dia dentro do movimento bolsonarista.

Porém, antes de falar de 8 de janeiro de 2023, é importante lembrar que as fake news são empregadas há tempos. Na Alemanha nazista, Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, utilizou a mídia para manipular a opinião pública e incitar o ódio contra os judeus. A desinformação massiva vira verdade, comprovando a veracidade por trás da famosa frase de Goebbels: "Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”.

Um estudo recente da Universidade de Oxford revelou que as fake news são 70% mais propensas a serem compartilhadas nas redes sociais do que notícias verdadeiras. Imagine o estrago que esse tipo de informação falsa faz para uma pessoa, uma vez que o algoritmo direciona cada vez mais conteúdo semelhante? Podemos dizer que não se cria uma “bolha”, mas um “micromundo” à parte.

Sobre o episódio do dia 8 de janeiro, as informações falsas desempenharam papel crucial. Através de aplicativos de mensagens e redes sociais, uma horda de manifestantes radicais, incitados por meses de desinformação e teorias conspiratórias, invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em Brasília.

As fake news foram criadas para alimentar a narrativa de fraude eleitoral, para deslegitimar as instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que viraram alvos constantes de ataques nas redes sociais. Também incitaram a violência em diversos momentos, além do armamento da população.

Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou que 70% das fake news sobre as eleições de 2022 eram favoráveis a Jair Bolsonaro. Já uma pesquisa da Datafolha revelou que 38% dos brasileiros acreditavam em pelo menos uma fake news sobre as eleições.

Já percebemos que as fake news são verdadeiras bombas-relógio prontas para destruir democracias, mas não é impossível desarmá-las. Para o nosso bem e da democracia, inclusive do próximo processo eleitoral, será preciso responsabilizar quem produz e dissemina informações falsas, inclusive as plataformas também devem ser responsabilizadas, porque se não tomarmos medidas para mudar este cenário de desinformação, podemos ver o crescimento da polarização, da violência e do extremismo. É hora de agir! Todos nós temos a responsabilidade de proteger a nossa democracia e garantir que a verdade prevaleça.

Arilson Chiorato
Última atualização
19/2/2024 14:52

Mortes por PMs quase dobram no início de 2024, em São Paulo

Redação Cidade Capital
26/7/2024 10:02

O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.

As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.

Decisões diárias e reflexões sobre o caos interno

Carolina Schmitz da Silva
26/7/2024 9:27

Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura. 

A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.