<span class="abre-texto">Cada ser humano resolve</span> o enigma de como agir e reagir na sua jornada de vida à sua maneira muito particular. Esta resolução está ligada ao que vê, como vê, ao que sente, como sente, como interpreta e o quê, e como incorpora das experiências que tem desde o ambiente uterino e nos anos seguintes. As diferentes camadas de experiência podem em algum momento nublar o pensamento, ricocheteiam em uma ou outra memória relevante, tirando da pessoa as condições plenas de entrar em contato lúcido e descontaminado com a realidade.
A percepção menos enviesada ou não contaminada dependerá do conhecer a si mesmo para fundamentar escolhas. Para que tal aconteça, ou seja, para que eu possa direcionar minha atenção voluntária a determinado pensamento, sentimento ou ação eu preciso conhecer a origem e o impacto dos diferentes pensamentos, sentimentos e ações que transitam no meu cérebro.
A intrincada coreografia que associa pensamentos, sentimentos, fantasias e julgamentos com a realidade objetiva, a comunicação, a tomada de decisão e o relacionamento com as pessoas, aponta para a importância de um processo de desenvolvimento iniciado pelo autoconhecimento. Assim, qualquer processo de mudança supõe flexibilizar (ou atualizar) conteúdos entrincheirados no Quadro de Referência. Assim, atualizar supõe conhecer.
O que enxergamos com lucidez, o que desqualificamos, o que distorcemos? Dentre outras, estas questões são norteadoras para a compreensão do que nos caracteriza singularmente, nos distingue dos demais, nos dá uma particular percepção da vida. O nosso QR Code. O nome completo do QR Code (Quick Response Code). Embora esteja sendo mais notado — e adotado — apenas agora, ele já tem 25 anos: foi criado em 1994 pela Denso-Wave (uma empresa do Grupo Toyota), no Japão. O QR Code consiste num gráfico 2D que pode ser lido pelas câmeras da maioria dos celulares e contém informações que encaminham o usuário para determinado conteúdo. Isto permite que possamos dizer que o QR Code representa o detalhamento do Quadro de Referência de produtos ou serviços.
Compreender nosso Quadro de Referência e o Quadro de Referências dos humanos nossos companheiros de jornada nos permite o entendimento das informações e experiências que atuam na função de filtros ou distorções da realidade objetiva. Pois se através do QR um conjunto geral perceptual, conceitual, afetivo e de ação que é usado pela pessoa para definir o eu, as outras pessoas e o mundo estrutural e dinamicamente. Em particular, é a estrutura dentro da qual o indivíduo responde perguntas como: "Como eu sei que existo?" e "quem sou eu?". “Quem são as outras pessoas?”, “por que se comunicam como se comunicam?”, “por que fazem o que fazem?”.
Uma primeira observação importante é que grande parte das experiências ou informações que vivemos ou entramos em contato será comparada com aquelas já vividas ou conhecidas e na sequência desqualificadas ou incorporadas a referências já existentes.
Uma primeira camada de distorção e interpretação são valores que norteiam processos de decisão ou que influenciam o direcionamento de ações ou relacionamentos. Podemos resgatar a memória, facilmente, episódios recentes nos quais algum dos valores lembrados foi evocado e quais foram os respectivos impactos em pensamentos, sentimentos e ações consequentes. Na camada seguinte estarão alojados recursos que balizarão a relação de cada pessoa com as outras ao seu redor, sua posição nestes relacionamentos e o lugar (que do ponto de vista do QR) a pessoa ocupa no mundo que habita.
Aspectos relacionados à saúde, família, comunidade, sexualidade, características físicas, decodificação (significados atribuídos às palavras), raça, herança étnica, história, geografia, herança cultural, ordem de nascimento, experiências do nascimento, experiências intrauterinas, talentos – geram sinais particulares que filtram a realidade objetiva e todos os acontecimentos.
Cada ser humano que observamos, admiramos ou repelimos se apresentará através dos aspectos do seu Quadro de Referência. E cada um de nós, observará, concluirá, concordará ou não, amará ou não, se relacionará construtivamente ou não através dos aspectos do nosso QR.
A todo tempo é possível atualizar nosso Quadro de Referência, é possível ir eliminando os bloqueios à lucidez. Os diálogos que incluem o olhar respeitoso para a nossa jornada vão abrindo novas janelas de percepção, que permitem decisões.
Nosso olhar pode se abrir e captar um horizonte mais amplo, mas próximo talvez da realidade objetiva.
Gosto de pensar que as pessoas fazem o que fazem a partir de decisões, algumas conscientes, muitas delas originadas de experiências anteriores que muitas vezes nem lembradas são. Gosto de pensar que cada um de nós pode alterar a própria rota de modo a experimentar novas e límpidas percepções.
O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.
As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.
Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura.
A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.
<span class="abre-texto">Cada ser humano resolve</span> o enigma de como agir e reagir na sua jornada de vida à sua maneira muito particular. Esta resolução está ligada ao que vê, como vê, ao que sente, como sente, como interpreta e o quê, e como incorpora das experiências que tem desde o ambiente uterino e nos anos seguintes. As diferentes camadas de experiência podem em algum momento nublar o pensamento, ricocheteiam em uma ou outra memória relevante, tirando da pessoa as condições plenas de entrar em contato lúcido e descontaminado com a realidade.
A percepção menos enviesada ou não contaminada dependerá do conhecer a si mesmo para fundamentar escolhas. Para que tal aconteça, ou seja, para que eu possa direcionar minha atenção voluntária a determinado pensamento, sentimento ou ação eu preciso conhecer a origem e o impacto dos diferentes pensamentos, sentimentos e ações que transitam no meu cérebro.
A intrincada coreografia que associa pensamentos, sentimentos, fantasias e julgamentos com a realidade objetiva, a comunicação, a tomada de decisão e o relacionamento com as pessoas, aponta para a importância de um processo de desenvolvimento iniciado pelo autoconhecimento. Assim, qualquer processo de mudança supõe flexibilizar (ou atualizar) conteúdos entrincheirados no Quadro de Referência. Assim, atualizar supõe conhecer.
O que enxergamos com lucidez, o que desqualificamos, o que distorcemos? Dentre outras, estas questões são norteadoras para a compreensão do que nos caracteriza singularmente, nos distingue dos demais, nos dá uma particular percepção da vida. O nosso QR Code. O nome completo do QR Code (Quick Response Code). Embora esteja sendo mais notado — e adotado — apenas agora, ele já tem 25 anos: foi criado em 1994 pela Denso-Wave (uma empresa do Grupo Toyota), no Japão. O QR Code consiste num gráfico 2D que pode ser lido pelas câmeras da maioria dos celulares e contém informações que encaminham o usuário para determinado conteúdo. Isto permite que possamos dizer que o QR Code representa o detalhamento do Quadro de Referência de produtos ou serviços.
Compreender nosso Quadro de Referência e o Quadro de Referências dos humanos nossos companheiros de jornada nos permite o entendimento das informações e experiências que atuam na função de filtros ou distorções da realidade objetiva. Pois se através do QR um conjunto geral perceptual, conceitual, afetivo e de ação que é usado pela pessoa para definir o eu, as outras pessoas e o mundo estrutural e dinamicamente. Em particular, é a estrutura dentro da qual o indivíduo responde perguntas como: "Como eu sei que existo?" e "quem sou eu?". “Quem são as outras pessoas?”, “por que se comunicam como se comunicam?”, “por que fazem o que fazem?”.
Uma primeira observação importante é que grande parte das experiências ou informações que vivemos ou entramos em contato será comparada com aquelas já vividas ou conhecidas e na sequência desqualificadas ou incorporadas a referências já existentes.
Uma primeira camada de distorção e interpretação são valores que norteiam processos de decisão ou que influenciam o direcionamento de ações ou relacionamentos. Podemos resgatar a memória, facilmente, episódios recentes nos quais algum dos valores lembrados foi evocado e quais foram os respectivos impactos em pensamentos, sentimentos e ações consequentes. Na camada seguinte estarão alojados recursos que balizarão a relação de cada pessoa com as outras ao seu redor, sua posição nestes relacionamentos e o lugar (que do ponto de vista do QR) a pessoa ocupa no mundo que habita.
Aspectos relacionados à saúde, família, comunidade, sexualidade, características físicas, decodificação (significados atribuídos às palavras), raça, herança étnica, história, geografia, herança cultural, ordem de nascimento, experiências do nascimento, experiências intrauterinas, talentos – geram sinais particulares que filtram a realidade objetiva e todos os acontecimentos.
Cada ser humano que observamos, admiramos ou repelimos se apresentará através dos aspectos do seu Quadro de Referência. E cada um de nós, observará, concluirá, concordará ou não, amará ou não, se relacionará construtivamente ou não através dos aspectos do nosso QR.
A todo tempo é possível atualizar nosso Quadro de Referência, é possível ir eliminando os bloqueios à lucidez. Os diálogos que incluem o olhar respeitoso para a nossa jornada vão abrindo novas janelas de percepção, que permitem decisões.
Nosso olhar pode se abrir e captar um horizonte mais amplo, mas próximo talvez da realidade objetiva.
Gosto de pensar que as pessoas fazem o que fazem a partir de decisões, algumas conscientes, muitas delas originadas de experiências anteriores que muitas vezes nem lembradas são. Gosto de pensar que cada um de nós pode alterar a própria rota de modo a experimentar novas e límpidas percepções.
O número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo quase dobraram em relação ao primeiro semestre de 2023. Neste ano, foram registrados 296 óbitos, contra 154 no mesmo período do ano passado.
As operações policiais na Baixada Santista, como a Operação Escudo e a Operação Verão, são apontadas como fatores para o aumento da violência policial.
Nesses últimos dias, meu diálogo interno teve entusiasmadas e atrapalhadas conversas, diante de momentos de puro prazer e outros de tormenta pura.
A vida segue, os tempos bons e os desafios se apresentam.