O Paraná tem a menor taxa de recusa para doação de órgãos, conforme relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado nesta segunda-feira (4). O estado apresenta a menor taxa de recusa familiar do país, com 28%, superando a média nacional de 43%. Seguem o Paraná, Santa Catarina com 31%, São Paulo com 35% e Espírito Santo com 36%. No informe anterior, o Piauí liderava com 26%, e o Paraná apresentava 29%.

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), através do Sistema Estadual de Transplantes (SET), implementa ações de conscientização sobre a doação de órgãos e capacitações profissionais, visando eficiência em todas as etapas do processo de transplante. Em 2023, foram realizadas 81 capacitações, beneficiando mais de 1000 profissionais. O Paraná também registrou 370 doadores efetivos entre janeiro e setembro, liderando em doadores por milhão de população (pmp), com 43,1 procedimentos. Santa Catarina e Rondônia ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente. A média nacional foi de 19,6 doadores pmp.

No campo dos transplantes de fígado, o Paraná ocupa a segunda posição nacional, com uma média de 26,2 pmp e 225 procedimentos realizados em 2023. Em transplantes de rim, está em terceiro lugar, com 43 pmp e 369 procedimentos. Já nos transplantes de córnea, alcançou 968 procedimentos (112,8 pmp), posicionando-se em terceiro lugar. O estado também realizou 21 transplantes de coração.

“Esses resultados são reflexos da capacitação contínua dos profissionais que atuam no processo e ao desempenho excepcional das equipes das Comissões Hospitalares de Transplantes (CHT). O esclarecimento das etapas do diagnóstico de morte encefálica e o acolhimento e apoio às famílias que perdem seus entes são essenciais para que a doação seja efetivada e beneficie os que aguardam na fila por um órgão ou tecido”, explica a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni.