O Acervo do Museu Nacional recebe uma doação com mais de mil peças do grupo suíço-alemão Interprospekt, pertencente à família do colecionador Burkart Pohl. A iniciativa ocorreu através de uma parceria com o Instituto Inclusartiz, liderado pela ativista cultural argentina Frances Reynolds.
As peças doadas, adquiridas em feiras internacionais, provêm da Bacia do Araripe, situada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Esta região é conhecida pelas formações Crato e Romualdo, que datam de aproximadamente 115 milhões e 110 milhões de anos atrás, respectivamente, e são ricas em material paleontológico.
Durante uma entrevista coletiva, Reynolds conta que Pohl começou a colecionar fósseis ainda criança. "É um processo da vida inteira que ele está fazendo e tem também minerais que são incríveis".
Em 2022, a ativista assinou um acordo de colaboração técnica entre o Inclusartiz e a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN). Desde então, trabalha pela recuperação do acervo do espaço cultural, que teve 85% das peças destruídas pelo fogo.
Foi assim que a argentina intermediou a doação para o Museu Nacional. O colecionador chegou à conclusão de que peças originárias do Brasil pertencentes ao seu extenso acervo deveriam ir para o Museu Nacional.
"A gente faz um apelo para que mais pessoas façam isso. O Museu Nacional pertence a todos e seria muito importante que a gente realmente se concentrasse na recuperação e recomposição das nossas coleções", afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.
O diretor espera conseguir, por meio de doações, 10 mil peças para a reconstituição do acervo. Segundo ele, o museu já recebeu cerca de 2 mil.
Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.
A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".
Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.
Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.
O Acervo do Museu Nacional recebe uma doação com mais de mil peças do grupo suíço-alemão Interprospekt, pertencente à família do colecionador Burkart Pohl. A iniciativa ocorreu através de uma parceria com o Instituto Inclusartiz, liderado pela ativista cultural argentina Frances Reynolds.
As peças doadas, adquiridas em feiras internacionais, provêm da Bacia do Araripe, situada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Esta região é conhecida pelas formações Crato e Romualdo, que datam de aproximadamente 115 milhões e 110 milhões de anos atrás, respectivamente, e são ricas em material paleontológico.
Durante uma entrevista coletiva, Reynolds conta que Pohl começou a colecionar fósseis ainda criança. "É um processo da vida inteira que ele está fazendo e tem também minerais que são incríveis".
Em 2022, a ativista assinou um acordo de colaboração técnica entre o Inclusartiz e a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN). Desde então, trabalha pela recuperação do acervo do espaço cultural, que teve 85% das peças destruídas pelo fogo.
Foi assim que a argentina intermediou a doação para o Museu Nacional. O colecionador chegou à conclusão de que peças originárias do Brasil pertencentes ao seu extenso acervo deveriam ir para o Museu Nacional.
"A gente faz um apelo para que mais pessoas façam isso. O Museu Nacional pertence a todos e seria muito importante que a gente realmente se concentrasse na recuperação e recomposição das nossas coleções", afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.
O diretor espera conseguir, por meio de doações, 10 mil peças para a reconstituição do acervo. Segundo ele, o museu já recebeu cerca de 2 mil.
Uma sequência de decisões me trouxe até aqui. Nem todas foram boas ou sensatas. Algumas foram realmente muito ruins. Gosto muito deste "aqui" e fico tentada a pensar: eu chegaria até aqui por outro caminho? Há coisas que ainda quero iluminar. Não me falta coragem. Mas há grandes e sensacionais conquistas. Portanto, gratidão ao aqui. Pois o lá já virou pó.
A respeito disso, um filósofo espanhol que eu aprecio sem moderação, José Ortega y Gasset, em seu livro Meditaciones del Quijote, diz: “eu sou eu e minha circunstância e se não salvo a ela, não salvo a mim".
Algumas comidas são marcadas pelo afeto. Tenho memória afetiva de muitas e entre elas está a panqueca. Na minha infância, que já transcorreu há muito tempo, a mágica das rodelas de massa dourada sendo viradas em um gesto preciso era realizada pela minha avó.
Em uma época de poucas variedades alimentícias, pelo menos para uma família numerosa como a nossa e mantida por um pai operário, a panqueca recheada de doce de leite feito em casa ou apenas polvilhada com açúcar e canela, assumia ares de requinte.