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Brasil

Lei da Igualdade Salarial: empresas apresentam resultados positivos

Lei da Igualdade Salarial completa um ano com grande adesão das empresas e avanços no combate às desigualdades.Lei da Igualdade Salarial completa um ano com grande adesão das empresas e avanços no combate às desigualdades.
Paulo Pinto
/
Agência Brasil

A Lei da Igualdade Salarial, que visa garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função ou por trabalho de igual valor, completa um ano no mês de julho. Segundo Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, a legislação já apresenta resultados positivos com grande adesão das empresas.

"A lei é para ajudar a resolver os problemas nas entranhas das empresas. Nós podemos dizer que estamos felizes com o primeiro ano da lei. Primeiro, porque houve uma grande adesão das empresas em atender o chamado e apresentar os seus relatórios. Se a própria empresa faz seu relatório, olha a sua vida e enxerga que tem problema, ela própria tem espaço e prazo para apresentar o seu plano de solução", afirma Marinho durante um evento na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em março de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os resultados do Primeiro Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, obtido por meio de informações preenchidas pelas empresas no eSocial, o sistema federal de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias. As empresas devem apresentar relatórios constantes para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

No primeiro relatório, 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários preencheram as informações relativas ao ano de 2022. Desse total, 415 questionaram a lei na justiça. "Ou seja, é residual esse questionamento. Muitos estão olhando, enxergando e pedindo aperfeiçoamento para lá e para cá, mas o diálogo resolve", disse o ministro. Um segundo relatório deverá ser publicado em setembro.

"O mais forte sobre a lei é que ela propõe uma mudança de cultura", destaca Maria Helena Guarezi, secretária-executiva do Ministério das Mulheres. "Desde que ela foi aprovada e sancionada, nós vemos muitos avanços. Primeiro porque a sociedade vem debatendo essa lei. E ela traz também, no seu bojo, a questão do relatório. Um relatório de transparência, que não olha só para a questão exclusiva da desigualdade entre os pares de mesma função, mas que olha para outras desigualdades."

Segundo Guarezi, a lei ainda é recente e precisa de aperfeiçoamentos. Mas um aspecto positivo é a grande adesão das empresas ao relatório. "Obviamente esse processo impulsiona a sociedade a discutir a igualdade sob o parâmetro salarial, mas também sob outros parâmetros. E eu acho que é isso que essa lei da igualdade vem trazer: ela vem olhar também para todas as desigualdades para além da igualdade salarial."

"O espírito da lei é que, a partir dos dados do relatório publicado e do balanço da igualdade salarial nas empresas, a gente possa debater como reduzir as desigualdades", concorda Adriana Marcolino, diretora técnica do Dieese. "A gente sabe que esse é um processo de mais médio e longo prazo do que de curto prazo. Mas só de já ter colocado esse debate na sociedade, eu acho que já é bastante positivo."

Esse balanço positivo da lei feito pelo Dieese é embasado também em pesquisas recentes. Uma delas analisou vagas de emprego ofertadas entre setembro e dezembro do ano passado. "Na análise das vagas ofertadas, a gente pôde ver que muitas delas têm alguns elementos que acabam afastando as mulheres de se lançarem a uma determinada vaga, que em geral têm salários melhores ou maiores possibilidades de carreira", explica Adriana.

Outro estudo recente do Dieese analisou as negociações coletivas e apontou que, após a lei, novos assuntos começaram a entrar em discussão, como isonomia salarial, combate ao assédio moral no trabalho e apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. 

"O desafio da lei é as empresas perceberem que quando elas eliminam essas desigualdades no ambiente de trabalho, isso também colabora para a ampliação de ideias, para superação de problemas, para aumento da sua produtividade", conclui a diretora do Dieese.

Última atualização
24/7/2024 9:25

Brasil bate recorde na geração de energia eólica em novembro de 2024

Brasil bate recorde na geração de energia eólica em novembro de 2024

Redação Cidade Capital
10/12/2024 10:21

O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.

Filme ‘Ainda estou aqui’ recebe indicação ao Globo de Ouro

Filme ‘Ainda estou aqui’ recebe indicação ao Globo de Ouro

Redação Cidade Capital
10/12/2024 10:02

O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman

Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira. 

Brasil

Lei da Igualdade Salarial: empresas apresentam resultados positivos

Lei da Igualdade Salarial completa um ano com grande adesão das empresas e avanços no combate às desigualdades.Lei da Igualdade Salarial completa um ano com grande adesão das empresas e avanços no combate às desigualdades.
Paulo Pinto
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Agência Brasil

A Lei da Igualdade Salarial, que visa garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função ou por trabalho de igual valor, completa um ano no mês de julho. Segundo Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, a legislação já apresenta resultados positivos com grande adesão das empresas.

"A lei é para ajudar a resolver os problemas nas entranhas das empresas. Nós podemos dizer que estamos felizes com o primeiro ano da lei. Primeiro, porque houve uma grande adesão das empresas em atender o chamado e apresentar os seus relatórios. Se a própria empresa faz seu relatório, olha a sua vida e enxerga que tem problema, ela própria tem espaço e prazo para apresentar o seu plano de solução", afirma Marinho durante um evento na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em março de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os resultados do Primeiro Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, obtido por meio de informações preenchidas pelas empresas no eSocial, o sistema federal de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias. As empresas devem apresentar relatórios constantes para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

No primeiro relatório, 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários preencheram as informações relativas ao ano de 2022. Desse total, 415 questionaram a lei na justiça. "Ou seja, é residual esse questionamento. Muitos estão olhando, enxergando e pedindo aperfeiçoamento para lá e para cá, mas o diálogo resolve", disse o ministro. Um segundo relatório deverá ser publicado em setembro.

"O mais forte sobre a lei é que ela propõe uma mudança de cultura", destaca Maria Helena Guarezi, secretária-executiva do Ministério das Mulheres. "Desde que ela foi aprovada e sancionada, nós vemos muitos avanços. Primeiro porque a sociedade vem debatendo essa lei. E ela traz também, no seu bojo, a questão do relatório. Um relatório de transparência, que não olha só para a questão exclusiva da desigualdade entre os pares de mesma função, mas que olha para outras desigualdades."

Segundo Guarezi, a lei ainda é recente e precisa de aperfeiçoamentos. Mas um aspecto positivo é a grande adesão das empresas ao relatório. "Obviamente esse processo impulsiona a sociedade a discutir a igualdade sob o parâmetro salarial, mas também sob outros parâmetros. E eu acho que é isso que essa lei da igualdade vem trazer: ela vem olhar também para todas as desigualdades para além da igualdade salarial."

"O espírito da lei é que, a partir dos dados do relatório publicado e do balanço da igualdade salarial nas empresas, a gente possa debater como reduzir as desigualdades", concorda Adriana Marcolino, diretora técnica do Dieese. "A gente sabe que esse é um processo de mais médio e longo prazo do que de curto prazo. Mas só de já ter colocado esse debate na sociedade, eu acho que já é bastante positivo."

Esse balanço positivo da lei feito pelo Dieese é embasado também em pesquisas recentes. Uma delas analisou vagas de emprego ofertadas entre setembro e dezembro do ano passado. "Na análise das vagas ofertadas, a gente pôde ver que muitas delas têm alguns elementos que acabam afastando as mulheres de se lançarem a uma determinada vaga, que em geral têm salários melhores ou maiores possibilidades de carreira", explica Adriana.

Outro estudo recente do Dieese analisou as negociações coletivas e apontou que, após a lei, novos assuntos começaram a entrar em discussão, como isonomia salarial, combate ao assédio moral no trabalho e apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. 

"O desafio da lei é as empresas perceberem que quando elas eliminam essas desigualdades no ambiente de trabalho, isso também colabora para a ampliação de ideias, para superação de problemas, para aumento da sua produtividade", conclui a diretora do Dieese.

Redação Cidade Capital
Última atualização
24/7/2024 9:25

Brasil bate recorde na geração de energia eólica em novembro de 2024

Redação Cidade Capital
10/12/2024 10:21

O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.

Filme ‘Ainda estou aqui’ recebe indicação ao Globo de Ouro

Redação Cidade Capital
10/12/2024 10:02

O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman

Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.