Um conflito de interesses é investigado pela Procuradoria-Geral de Justiça envolvendo o secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder. Ele é sócio de uma empresa offshore detentora de parte das ações da Multilaser, que possui contratos de R$ 200 milhões com a pasta que Feder comanda. A investigação foi iniciada em março e está sob responsabilidade do procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo.

A apuração se concentra em três contratos para o fornecimento de 97 mil notebooks à rede pública estadual. Esses contratos foram firmados após a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo, mas antes de Feder assumir o cargo. O secretário é também questionado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para prestar esclarecimentos sobre a questão, mas ainda não respondeu aos ofícios enviados pela presidência da Alesp.

Feder é acionista da Dragon Gem LLC, com sede em Delaware, um conhecido paraíso fiscal nos Estados Unidos. O secretário é alvo de críticas por sua decisão de substituir o uso de livros didáticos por material digital nas escolas públicas do estado. Ele defende que a aula seja conduzida com apresentações de slides em Power Point, o que gerou controvérsia.

As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, e confirmadas pelo jornal O Globo.

Atual secretário no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, Feder ocupou o papel de secretário da Educação do Paraná no governo Ratinho Júnior (PSD).