O Centro Humanitário de Acolhimento Vida (CHA Vida), na zona norte de Porto Alegre, foi inaugurado nesta quinta-feira (11) pelo governo do Rio Grande do Sul. A unidade, apelidada de cidade provisória, irá abrigar cerca de 848 pessoas que ficaram sem casa nas enchentes de abril e maio, até que recebam moradias definitivas.

A inauguração faz parte do Plano Rio Grande, uma iniciativa do governo estadual para enfrentar os efeitos das enchentes que atingiram a população no fim de abril e início de maio. Após a cerimônia de abertura, as autoridades estaduais fizeram uma visita guiada pelo Centro Vida, que recebeu as primeiras famílias na tarde desta quinta-feira (11).

O governador Eduardo Leite enfatiza que espaços como esse oferecem dignidade e segurança para que os acolhidos possam retomar a vida. “É preciso garantir um ambiente em que todos se sintam verdadeiramente acolhidos e onde encontrem força e apoio para recomeçar. Esses espaços não são o fim da jornada, são parte de um caminho que vamos atravessar juntos até que cada uma dessas pessoas esteja estabelecida em sua moradia definitiva e com sua autonomia restaurada.”

A preparação do terreno, montagem das estruturas e entrega do espaço ocorreram em pouco mais de um mês, desde 7 de junho.

Este é o segundo centro de acolhimento inaugurado pelo governo gaúcho. O primeiro foi aberto em Canoas há uma semana, com o nome Recomeço, e conta com casas modulares doadas pela Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), que garantem privacidade e individualidade às famílias.

Em até 15 dias, o governo planeja abrir um terceiro Centro Humanitário de Acolhimento no Centro Olímpico Municipal de Canoas, com a mesma estrutura do CHA Vida recém-inaugurado.

Gabriel Souza, vice-governador do estado do Rio Grande do Sul, afirma que a meta é zerar o número de pessoas em abrigos públicos emergenciais. "Recebemos neste primeiro dia 60 pessoas que deixarão os colchões no chão e a falta de uma estrutura mais digna para um acolhimento humanizado.”